Covid-19: Governo não pondera ainda proibir de fumar ao ar livre

O Governo não está a ponderar, neste momento, proibir fumar ao ar livre como foi decretado em Espanha, mas há "muitos aspetos em aberto" que serão acompanhados e analisados "com mais profundidade", disse hoje a ministra da Saúde.

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Lusa
14/08/2020 15:48 ‧ 14/08/2020 por Lusa

País

Covid-19

 

O Governo espanhol e as autoridades regionais do país aprovaram hoje a proibição de fumar ao "ar livre como, por exemplo, em esplanadas" e sempre que não seja possível manter a distância de segurança de dois metros entre as pessoas, medida que já está em vigor em duas das 17 regiões autónomas espanholas.

Questionada na regular conferência de imprensa sobre a covid-19 sobre se Portugal pondera adotar esta medida, a ministra da Saúde afirmou que, "neste momento" o governo "não está a pensar em adotar uma medida semelhante".

"É evidente que não deixo de secundar aquilo que verifiquei serem as recomendações do meu colega, do ministro da Saúde de Espanha, fumar é uma atividade que tem riscos para a saúde e que, portanto, é evitável em qualquer contexto", disse Marta Temido.

Mas, ressalvou, "como sempre temos dito neste contexto de incerteza sobre aquilo que são as melhores estratégias para prevenir o contágio há ainda muitos aspetos em aberto e, portanto. vamos acompanhar e analisar com mais profundidade e avaliaremos se será também adequado ao nosso contexto".

"Em qualquer caso é evidente que fumar em si próprio é um risco. E, portanto, o conselho é não fumar", vincou Marta Temido.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 754 mil mortos e infetou quase 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.772 pessoas das 53.783 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

 

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