"Temo que interesses da Educação sejam relegados para plano secundário"
Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, reagiu à substituição de Susana Amador na secretaria de Estado da Educação.
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País Mário Nogueira
A mudança na Secretaria de Estado da Educação, conhecida esta quarta-feira, - com a exoneração de Susana Amador e a nomeação para o cargo de Inês Ramires - mereceu um comentário de Mário Nogueira.
Em nota enviada pela FENPROF às redações, o secretário-geral referiu, quanto à saída, que, "provavelmente, por ser alguém proveniente do poder local e da Assembleia da República, espaços onde o diálogo, a negociação e o debate democrático de ideias são praticados, não se terá adaptado à prática vigente no Ministério da Educação: fechada, autocrática e avessa ao diálogo".
Já quanto à nova titular, Mário Nogueira afirmou que já era conhecida da Federação Nacional dos Professores "do gabinete do ministro onde era chefe de gabinete", salientando que "o que mais se estranha é que para a secretaria de estado da Educação seja nomeada uma jurista".
"Quererá isso dizer que a prioridade do Ministério será alterar quadros legais? Quais? Em que sentido? Temo que mais uma vez os superiores interesses da Educação sejam relegados para plano secundário", concluiu no mesmo comunicado.
De lembrar que a nova secretária de Estado da Educação, Inês Ramires, é jurista e especializada em Direito Público, com um percurso de consultoria e assessoria em vários gabinetes ministeriais, tendo sido chefe de gabinete do ministro da Educação no último Governo.
Inês Pacheco Ramires Ferreira nasceu em 1980 em Aveiro, reside em Lisboa e tem formação académica na área do Direito, licenciada pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa em 2005 e mestrado em Direito Público na mesma instituição em 2012.
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