As autoridades já conseguiram localizar e deter 12 dos 17 migrantes que escaparam, na madrugada de quinta-feira, do quartel em Tavira, no Algarve, onde se encontravam a cumprir quarentena depois de dois terem testado positivo para a Covid-19.
Ao Notícias ao Minuto, fonte da GNR adiantou que durante a manhã desta sexta-feira foram recapturados mais três migrantes, um dos quais o cidadão marroquino que testou positivo para o novo coronavírus.
Segundo a mesma fonte, dois fugitivos foram intercetados em Castro Marim. O terceiro foi detido já em Espanha, devendo ser entregue às autoridades portuguesas junto à fronteira.
Com estas três detenções, continuam por localizar cinco migrantes do grupo de fugitivos.
O grupo que em 16 de setembro desembarcou sem documentos na ilha Deserta, em Faro, era composto por 28 migrantes: 24 homens, que estavam instalados no quartel em Tavira, três mulheres, uma delas grávida, e um menor.
As três mulheres foram instaladas na Unidade Habitacional de Santo António, no Porto, enquanto o menor foi entregue ao Tribunal de Família e Menores de Faro.
O ministro da Administração Interna pediu na quinta-feira a abertura de um inquérito à fuga dos migrantes, para apurar "as circunstâncias da referida fuga e de eventuais responsabilidades disciplinares de elementos" do SEF e da PSP.
A embarcação em que os 28 migrantes chegaram à ilha tem cerca de sete metros e é semelhante às usadas nos outros cinco desembarques ilegais registados na região desde dezembro.
Este foi o sexto de desembarque ilegal na costa algarvia envolvendo migrantes do Norte de África.
O anterior tinha acontecido em julho, quando um grupo de 21 homens, alegadamente marroquinos, desembarcou na ilha do Farol, também no concelho de Faro.