A Marinha Portuguesa colaborou na descoberta do navio a vapor 'Terje Viken', realizada por uma equipa de historiadores navais e arqueólogos marítimos da Universidade Nova. Numa nota publicada nas redes sociais, este ramo das Forças Armadas revela que a embarcação foi "afundada durante a Primeira Guerra Mundial ao largo de Cascais".
"A Marinha, através do Instituto Hidrográfico e dos NRP Carlos I e NRP Andrómeda, participou na descoberta", avança a nota, acrescentando que "o contributo do Instituto Hidrográfico e dos navios da Marinha permitiu a localização e identificação" do 'Terje Viken'.
A embarcação foi "afundada por um submarino alemão, a 16 de abril de 1916".
Os Investigadores do centro História, Territórios e Comunidades (HTC) da NOVA FCSH "localizaram e identificaram os destroços do cargueiro Terje Viken", a primeira vítima da Marinha alemã em águas portuguesas durante na Grande Guerra, e "agora encontrada a 65 metros de profundidade", explica a instituição em comunicado.
"O Terje Viken era um cargueiro com 105 metros de comprimento e 3,58 toneladas, registado em Tonsberg, na Noruega que, na tarde do dia 17 de abril de 1916, quando navegava rumo a Lisboa com uma carga de trigo proveniente de Galveston, no Texas, colidiu com várias minas, colocadas nesse mesmo dia à entrada da barra do rio Tejo pelo submarino alemão U73", revela Alexandre Monteiro, arqueólogo marítimo e investigador da NOVA FCSH na nota.