"Desde o início do ano letivo que se têm vindo a registar casos de covid-19 nos Agrupamentos de Escolas do distrito de Évora, sendo hoje muito poucos os agrupamentos onde ainda não se registaram casos", argumentou o Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS), em comunicado enviado hoje à agência Lusa.
Segundo a estrutura distrital de Évora deste sindicato, "têm que ser garantidas todas as medidas para que o ensino continue a ser, por norma, presencial" e "o que gera confiança e tranquilidade não é o encobrimento, mas sim a transparência", pelo que "as escolas não podem ser um mundo à parte do que se passa na saúde".
"O SPZS reafirma a necessidade de testes nas escolas do distrito de Évora para travar o contágio", pode ler-se no comunicado.
A divulgação, em cada escola e jardim-de-infância e junto da comunidade educativa, da "existência de casos, sempre que surjam, e quais os procedimentos adotados" ou o "reforço das verbas destinadas à aquisição de materiais de higienização, limpeza e Equipamentos de Proteção Individual (EPI)" foram algumas das medidas reclamadas pelo sindicato, nesta nota à imprensa.
O SPZS exigiu também a "obrigação da realização de testes a todas as pessoas que contactaram com a pessoa infetada, nomeadamente quem com ela partilhou espaço fechado na escola", como "sala de aula, refeitório, espaço desportivo, sala TIC ou qualquer outro",
O "reforço de assistentes operacionais" e "de docentes", uma vez que, "a cada dia aumenta o número de alunos que têm que permanecer em casa e as escolas não têm recursos que garantam o seu acompanhamento à distância", foi também uma reivindicação da estrutura sindical.
"Ficar infetado com 'covid' é um risco que todos corremos e a obrigação de cada um, se tal acontecer, é fazer tudo para proteger os outros", sustentou.
Portugal contabiliza pelo menos 2.213 mortos associados à covid-19 em 103.736 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).