Num comunicado hoje divulgado, a ULSM refere que este aumento aconteceu devido à ativação de uma nova área, "que resultou da conversão do ginásio de Medicina Física e Reabilitação numa área de internamento", que tinha sido projetada para funcionar "caso a evolução epidemiológica da pandemia exigisse um aumento do número de camas hospitalares".
"O projeto foi executado e concluído em abril, em cerca de 15 dias, permitindo transformar este espaço num serviço que pode chegar às 17 camas, com gases medicinais e sistema de ventilação com pressão negativa, assegurando as condições para o tratamento de doentes e aumentando a segurança de profissionais", refere a ULSM.
A ativação desta nova área permitiu a abertura de "seis camas de Cuidados Intermédios, dedicadas exclusivamente a doentes infetados com covid-19, permitindo manter o normal funcionamento do Unidade de Cuidados Intermédios Polivalente existente com doentes não-covid".
Na sexta-feira, a ULSM tinha anunciado que iria abrir na segunda-feira um centro de apoio para doentes covid-19 com capacidade para sete utentes sem retaguarda no domicílio ou nas instituições onde vivem.
Em comunicado enviado à agência Lusa, ULSM avançou que o espaço "reabilitado pela câmara" local, se localiza "numa zona habitacional" deste concelho do distrito do Porto, mas sem precisar o local.
"O objetivo é garantir uma resposta assistencial na comunidade para acolhimento de doentes cuja situação social não permite a alta, bem como de doentes com covid-19 institucionalizados, evitando a sua permanência no hospital, quando a situação clínica já não o justifica", refere o presidente do conselho de administração da ULSM, Taveira Gomes, citado na nota da imprensa.
De acordo com a ULSM, os primeiros doentes serão transferidos na segunda-feira.
Este "novo espaço destina-se a utentes com covid-19 com alta clínica, mas sem condições para regresso a casa [casos sociais], bem como a doentes internados em estruturas residenciais para idosos em recuperação", acrescenta a unidade de Matosinhos.
À câmara de Matosinhos caberá disponibilizar cuidadores e auxiliares de geriatria, "em articulação com os cuidados clínicos e de enfermagem assegurados pelas equipas de profissionais de saúde da ULSM".
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e quase 42,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.316 pessoas dos 118.686 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.