O Governo quer avançar com 'mapas de risco' em todo o país, avança a SIC Notícias. A intenção, revela a televisão, é implementar um sistema que 'divida' Portugal por forma a determinar as medidas adequadas a cada patamar. Os níveis de risco deverão ser definidos de acordo com o número de novos infetados nos últimos 14 dias e do número de internados em enfermaria e nos cuidados intensivos.
Estes 'mapas' poderão levar a confinamentos parciais, como os que ocorrem em três concelhos do Norte - Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira.
A medida será uma das que será discutida no próximo sábado (31 de outubro), em Conselho de Ministros extraordinário para definir novas "ações imediatas" para o controlo da pandemia da Covid-19 em Portugal. Antes, recorde-se, o primeiro-ministro ouvirá os partidos com assento parlamentar.
Já esta quarta-feira, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e a ministra da Saúde, Marta Temido, realizam, ao final da tarde, uma audiência com os peritos habitualmente auscultados nas reuniões do Infarmed.
O objetivo, refere um comunicado conjunto dos ministérios enviado às redações, "é obter aconselhamento e contributos científicos no âmbito das medidas que o Governo pondera adotar, ainda esta semana, para contenção da transmissão da Covid-19". Amanhã, esta auscultação prossegue com "uma reunião com médicos especialistas em infecciologia e medicina intensiva".
Portugal, tal como o resto da Europa, tem assistido a um agravamento da pandemia, com o número de infetados, de internados e de mortos a crescer a cada dia. Vários países têm endurecido as medidas de combate, impondo, alguns deles, o recolher obrigatório. É o caso de França, Bélgica, Itália, Grécia, Chipre, Irlanda, Eslovénia e Espanha. Esta hipótese parece, para já, afastada no nosso país.
De lembrar que Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais 24 mortos relacionados com a Covid-19 e 3.960 novos infetados pelo novo coronavírus, o número mais elevado de contágios diários desde o início da pandemia, indica o boletim epidemiológico divulgado esta quarta-feira pela Direção-Geral de Saúde (DGS).