"Neste momento acho que um hospital de campanha está fora de hipótese porque é muito mais fácil montar um na primavera/verão do que no outono/inverno", disse Eduardo Vítor Rodrigues no final da reunião do município.
Em contrapartida, acrescentou, existe "a cedência de espaços, como a Casa do Bombeiro, na Aguda, ou centro de hospedagem do Parque Biológico e, se necessário, o Centro de Alto Rendimento, na Lavandeira, para ceder ao hospital. E aí tem tudo, casas de banho, aquecimento, é um edifício, não uma tenda".
Frisando que à câmara compete "disponibilizar [espaços] e não meter lá pessoas", tarefa que "cabe às autoridades de saúde", o autarca socialista acrescentou que as instalações na Lavandeira "tem capacidade para meter cerca de 40 pessoas", um número que cresce "para mais 12" fruto da oferta na Aguda.
"Temos uma boa estrutura concelhia de apoio e que se houver necessidade não irá servir só os gaienses", disse.
Sobre a elevada taxa de ocupação no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia / Espinho, Eduardo Vítor Rodrigues precisou ser esta, "também, uma ocupação do sistema hospitalar".
"Há 15 dias que estamos a receber gente de Penafiel [Hospital Padre Américo]. Ou seja, Gaia está como está, mas não é por incapacidade, é porque há a interdependência, como, se um dia Gaia atingir o limite haverá o São João e o Santo António que recebam, e é bom que seja assim", sustentou.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.590 pessoas dos 146.847 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.