"Enquanto avaliamos e esperamos pela resposta às dúvidas que levantámos, vamos cumprir com todas as novas regras a partir de 04 de novembro", disse este autarca do distrito de Viseu.
O "erro do Governo" poderá estar associado "ao excesso de trabalho que a pandemia tem exigido" e, por isso, José Eduardo Ferreira pede uma correção e que o concelho seja retirado da lista.
José Eduardo Ferreira fez contas diferentes das do Governo, não incluindo o número de casos surgidos no Lar de Alvite.
"Não tem de entrar porque se trata de uma exceção. É o próprio Governo que admite, porque são surtos localizados onde as pessoas estão em confinamento, isoladas e a serem acompanhadas no próprio lar", justificou.
Segundo o autarca, retirando o surto das contas, registou-se apenas um caso positivo nos últimos 14 dias, "muito longe dos 24 que o concelho podia registar para ainda ficar de fora da tal lista dos 121".
"E, se o período for alargado às três semanas, o total de casos positivos é apenas de 11, ainda muito aquém daquele critério, mesmo juntando os três casos das colaboradoras do Lar de Alvite", acrescentou.
O Conselho de Ministros decidiu, no sábado, que 121 municípios vão ficar abrangidos, a partir de quarta-feira, pelo dever cívico de recolhimento domiciliário, novos horários nos estabelecimentos e teletrabalho obrigatório, salvo "oposição fundamentada" pelo trabalhador, devido à covid-19.
Os restaurantes nestes 121 concelhos têm de fechar até às 22:30 e todos os estabelecimentos comerciais terão de encerrar, na generalidade, às 22:00.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.590 pessoas dos 146.847 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.