Ordem dos Médicos recomenda interdição de circulação entre as duas pontes
A ordem profissional defende que é preciso juntar os períodos dos dois próximos feriados para diminuir a circulação entre concelhos. Para além desta recomendação, a Ordem dos Médicos pede para que haja um "reforço de recursos humanos e técnicos" nos cuidados intensivos, bem como a implementação do uso generalizado dos testes rápidos para "rastreio das populações em zonas de risco extremamente elevado".
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País Covid-19
O Gabinete de Crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos recomendou ao Governo que equacione a possibilidade de manter as restrições de circulação entre concelhos nos 12 dias das duas pontes. Ou seja, que se estenda esta nova medida aos dois períodos associados aos feriados de 1 e 8 de dezembro, levando a restrição a entrar em vigor às 23h00 do dia 27 de novembro e terminar às 5h00 de 9 de dezembro.
A recomendação, divulgada em comunicado esta segunda-feira, detalha também que este alargamento da interdição deve manter "as exceções previstas, nomeadamente de âmbito profissional e escolar, nos 12 dias das duas pontes dos feriados de dezembro".
Ainda sobre a atual epidemiológica no país, a ordem profissional considerou que é "extremamente preocupante" que existam 500 doentes com o novo vírus internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), pedindo, assim, o "reforço de recursos humanos e técnicos e da efetiva coordenação a nível nacional das camas de internamento em enfermaria e medicina intensiva".
Silmultaneamente, a Ordem dos Médicos também defende que deviam-se manter as medidas de restrição para as zonas de risco elevado (240-480 casos por mil habitantes), previstas neste Estado de Emergência, aquando a próxima renovação da figura jurídica.
Sobre o rastreio no país, o organismo recomenda ao Executivo que seja implementada a realização de testes rápidos generalizados, sobretudo, para "rastreio das populações em zonas de risco extremamente elevado (>960) e com variação semanal crescente".
Por fim, a ordem pede o reforço de equipas no terreno e a concentração dos "recursos nos novos casos", "dado o atraso na realização de dezenas de milhares de inquéritos epidemiológicos", para impedir a "acumulação de mais inquéritos em atraso, que devem ser realizados por profissionais de saúde, devidamente habilitados e com as condições adequadas".
"[A Ordem dos Médicos manifesta] Preocupação pelo aparecimento de sinais crescentes de saturação e fadiga pandémica na população portuguesa e de outros países europeus e as suas eventuais consequências na menor adesão às medidas preventivas e na polarização da sociedade", é ainda sublinhado na nota em causa.
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