Quase 82% do acréscimo de mortes em Portugal é atribuído à Covid-19

Quase 82% do acréscimo de óbitos em Portugal, entre 19 de outubro e 15 de novembro, deveu-se à epidemia de covid-19, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), tendo por base a média dos últimos cinco anos.

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Lusa
27/11/2020 12:31 ‧ 27/11/2020 por Lusa

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Entre 02 de março - data em que foram diagnosticados os primeiros casos da doença em Portugal - e 15 de novembro, registaram-se 82.326 mortes em território nacional, mais 9.640 do que a média, em período homólogo, dos últimos cinco anos.

"Destes, 36,0% (3.472) foram óbitos por covid-19", escreve o INE no Destaque de hoje, acrescentando que nas últimas quatro semanas (19 de outubro a 15 de novembro) se registaram mais 1.556 óbitos do que a média no mesmo período de 2015-2019.

No período agora em análise registaram-se 1. 274 óbitos por covid-19, representando 81,9% do acréscimo observado.

"Do total de óbitos de 02 de março a 15 de novembro, 40.842 foram de homens e 41.484 de mulheres, mais 4.197 e 5.443, respetivamente, do que a média de óbitos no período homólogo de 2015-2019", de acordo com os dados hoje divulgados.

Mais de 70% das mortes foram de pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos. Comparativamente à média de óbitos observada em idêntico período de 2015-2019, morreram mais 8.227 pessoas com 75 e mais anos, das quais mais 6.288 com 85 e mais anos.

"O maior acréscimo registou-se na região Norte, com exceção da última semana de junho, das primeiras de julho, das últimas de setembro e primeira de outubro, em que foi superior na Área Metropolitana de Lisboa", observa o INE.

Do total de óbitos registados entre 02 de março e 15 de novembro, 49.301 ocorreram em estabelecimento hospitalar e 33.025 fora desse contexto, a que correspondem aumentos de 3.492 óbitos e 6.148 óbitos, respetivamente, relativamente à média do mesmo período em 2015-2019.

Segundo o INE, 63,8% do acréscimo de óbitos ocorreu fora dos hospitais. "Contudo, nas duas últimas semanas (02 a 15 de novembro), o maior acréscimo registou-se nos hospitais", lê-se na informação que acompanha os dados estatísticos.

 

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