"É, para mim em particular, um momento de grande tristeza. Trata-se de um amigo, um camarada, de alguém com quem tive a oportunidade de privar, de aprender muito, e que nos deixa", afirmou António Costa, que falava aos jornalistas à margem das comemorações do 1.º de Dezembro, em Lisboa.
O primeiro-ministro realçou que este momento é também "um convite a conhecer a obra" de Eduardo Lourenço e de prosseguir a reflexão que o ensaísta deixa.
"Seguramente seria a sua vontade", acrescentou.
António Costa sublinhou ainda a importância de Eduardo Lourenço na reflexão sobre "os fatores da intemporalidade nacional", destacando o livro "Labirinto da Saudade", "seguramente um dos mais notáveis ensaios da ensaística portuguesa".
O ensaísta Eduardo Lourenço, de 97 anos, morreu hoje em Lisboa.
Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, interventor cívico, várias vezes galardoado e distinguido, Eduardo Lourenço foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa.