"É com profunda consternação e pesar que o Partido Socialista recebeu hoje a notícia da morte de Eduardo Lourenço, filósofo, ensaísta e uma voz maior da cultura e do pensamento português", lê-se na nota de pesar do Partido Socialista.
O ensaísta Eduardo Lourenço morreu hoje em Lisboa.
Na homenagem a Eduardo Lourenço, o PS lembra que deixa "uma vasta obra de grande originalidade coroada pelo Prémio Camões e pelo Prémio Pessoa".
"O seu permanente compromisso cívico e político, inseparável da sua vivência cultural distinguiu sempre Eduardo Lourenço, um cidadão ativo e comprometido com a vida, que atualmente era conselheiro de Estado", lê-se ainda na comunicação.
A nota de pesar termina com a Direção Nacional do Partido Socialista a endereçar as suas "mais sentidas condolências à família por esta perda inestimável" ao mesmo tempo que "reforça um agradecimento profundo por ter podido contar com tão nobre espírito ao lado do partido em diversas ocasiões, designadamente ao ter aceitado integrar as listas do Partido Socialista para o Parlamento Europeu".
Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas, na Universidade de Coimbra, em 1946, aí inicia o seu percurso, como assistente e como autor, com a publicação de "Heterodoxia" (1949).
Seguir-se-iam as funções de Leitor de Cultura Portuguesa, nas universidades de Hamburgo e Heidelberg, na Alemanha, em Montpellier, na França, e no Brasil, até se fixar na cidade francesa de Vence, em 1965, com atividade pedagógica nas principais universidades francesas.
Autor de mais de 40 títulos, possuiu desde sempre "um olhar inquietante sobre a realidade", como destacaram os seus pares.