O jornalista Pedro Camacho, antigo diretor de informação da Lusa e atualmente à frente da Direção de Inovação e Novos Projetos da agência, morreu no sábado aos 59 anos, vítima de covid-19, depois de várias semanas internado no Hospital de Cascais.
Hoje, a Assembleia da República aprovou por unanimidade um voto de pesar, proposto pelo PSD, pela morte de Pedro Camacho, expressando à família e amigos as suas sentidas condolências.
No final da votação deste voto de pesar -- e de um outro pela morte do antigo Presidente francês Valéry Giscard d'Estaing -- foi guardado um minuto de silêncio, estando presentes nas galerias familiares de Pedro Camacho.
"Jornalista de grande prestígio, rigor e ética, admirado e reconhecido por todos os que cruzaram o seu caminho, Pedro Camacho marcou indubitavelmente o panorama da comunicação social em Portugal", enaltece o parlamento.
O voto de pesar destaca que Pedro Camacho, "detentor de uma longa e brilhante carreira", nasceu "no seio de uma família que se distinguiu pela escrita e pelo jornalismo".
"O pai, Rui Camacho, foi chefe de redação da Agência Noticiosa Portuguesa, que esteve na origem da Agência Lusa, a mãe, Helena Marques, foi diretora-adjunta do jornal Diário de Notícias. Era irmão do editor Francisco Camacho, do Grupo Leya, do jornalista Paulo Camacho e da tradutora Maria João Camacho", assinala-se no mesmo voto.
A carreira de Pedro Camacho é recordada neste voto de pesar, desde o começo como jornalista no semanário Tempo, tendo integrado ainda as redações do Primeira Página e Semanário, além de ter posto a funcionar a informação da Rádio Paris-Lisboa.
"Foi responsável pela secção de Economia do Diário de Notícias e do Público, jornal onde também exerceu as funções de subdiretor. Em 2001, entrou na VISÃO como diretor-adjunto e, em agosto de 2005, sucedeu a Cáceres Monteiro como diretor. Saiu da VISÃO para dirigir a Lusa onde foi diretor de informação entre 2015 e 2018, desempenhando desde então o cargo de diretor de Inovação e Novos Projetos", lembra ainda.
Logo no sábado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou a morte do ex-diretor de informação da Agência Lusa, considerando que deixa uma marca na comunicação social portuguesa e teve uma "longa e brilhante carreira" como jornalista.
Também a ministra da Cultura emitiu uma nota de pesar na qual "lamenta profundamente" a morte de Pedro Camacho, destacando a sua competência e dedicação numa carreira profissional dedicada ao jornalismo.
Igualmente o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira manifestou o seu "profundo pesar" pela morte do jornalista Pedro Camacho, considerando que "deixa uma marca indelével na comunicação social portuguesa".