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Médicos dizem estar "fartos de lágrimas de crocodilo" e promessas

Quando será o SNS a ser ajudado pelos "anunciados biliões em fundos europeus, apelidados de bazuca em linguagem de guerra"?, questiona o Sindicato.

Médicos dizem estar "fartos de lágrimas de crocodilo" e promessas
Notícias ao Minuto

10:45 - 12/12/20 por Andrea Pinto

País SNS

É num comunicado sob o título 'Não é uma profissão como as outras… pois não' que o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) mostra hoje a sua revolta para com "as promessas não cumpridas" do Governo em relação ao SNS e aos seus profissionais.

O sindicato em causa lembra que o SNS "é talvez a maior conquista de Abril", mas recorda que a sua "indispensabilidade está a ser posta à prova nesta pandemia e que se aguenta muito à custa da resiliência dos seus profissionais".

Lembrando uma frase de Marcelo Rebelo de Sousa, que afirmou que "a profissão de médico não é uma profissão como as outras”, o SIM diz que apesar de acreditar que o Presidente da República tem respeito pela profissão, estes estão, no entanto, fartos de "lágrimas de crocodilo, de palmas à varanda, de rebuçados dos Arcos". E atiram: "Basta de promessas não cumpridas, de desconsiderações e de faltas de respeito".

"A falta continuada de investimento em recursos humanos e na renovação de equipamentos, as equipas depauperadas em número de elementos e nas condições de trabalho, tudo aconselha os mais novos a abandonarem esse SNS, sendo como o são mão-de-obra extremamente qualificada avidamente procurada fora de portas e pelos privados", pode ler-se no comunicado partilhado no site do Sindicato Independente dos Médicos, onde se recorda, ainda, que "há mais de 15 anos que não ocorrem revisões salariais apesar da disponibilidade dos sindicatos em negociarem".

Estes médicos criticam ainda a disponibilidade do Governo para "socorrer repetidamente a banca criminosa e incompetente" e "para fazer uma Nova TAP", e questiona-se quando será o SNS a ser ajudado pelos "anunciados biliões em fundos europeus, apelidados de bazuca em linguagem de guerra".

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