A ZERO participou num estudo internacional sobre cosméticos, que envolveu 34 países, e concluiu que há 65 "substâncias preocupantes" em 39 cosméticos.
Em nota enviada às redações, a ZERO começa por explicar que, "ainda que a lista inicial fosse de 39 produtos, no final eram 176 produtos diferentes, devido às múltiplas versões de um mesmo produto, mas com conteúdos químicos diferentes".
A maioria dos produtos analisados recebeu uma classificação C porque "contém substâncias químicas indesejáveis". De acordo com a Associação Sistema Terrestre Sustentável, isto significa que estes produtos "possuem um ou mais ingredientes que podem interferir com o nosso sistema hormonal, podem causar alergias, ou podem ter outros impactos negativos na saúde humana [como afetar a reprodução] e no ambiente".
No total, foram encontradas 65 substâncias químicas preocupantes em 39 produtos, o que "significa que os consumidores estão expostos a estas substâncias químicas, em alguns casos, diariamente".
É por isso essencial que os consumidores "tenham acesso aos ingredientes dos produtos que compram e possam verificá-los antes da compra" e que percebam que "produtos da mesma marca e com o mesmo código de barras, mas adquiridos em países vizinhos, podem ter ingredientes diferentes".
A ZERO alerta ainda que os consumidores devem compreender "que os produtos que compram e usam regularmente podem conter substâncias químicas preocupantes".
Consulte aqui (página 7) a lista com os produtos analisados e respetiva classificação quanto à presença de substâncias preocupantes, sendo que 'A' significa que "o produto é uma boa escolha. Não contém substâncias problemáticas"
'B' significa que "o produto não contém a maioria das substâncias preocupantes, mas contém perfume ou substâncias que podem prejudicar o ambiente. Será preferível evitá-lo, em particular se tiver problemas de alergias e quiser prevenir danos no ambiente".
E, por fim, 'C' traduz que "o produto contém substâncias preocupantes. Estas substâncias não são ilegais, e o produto não é normalmente perigoso por si, mas a sua utilização contribui para a exposição continuada às mesmas".
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