Curta 'Espíritos e rochas: Um mito açoriano' no festival de Sundance
A coprodução portuguesa 'Espíritos e rochas: Um mito açoriano', da realizadora suíço-turca Aylin Gökmen, vai integrar a secção de curtas-metragens do Festival de Cinema de Sundance, nos Estados Unidos, anunciou hoje a organização.
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Cultura Cinema
Descrito como "a adaptação documental de um mito", 'Espíritos e rochas: Um mito açoriano' tem coprodução entre a Suíça e Portugal e já havia integrado a competição de curtas-metragens do festival de Locarno, que decorreu em agosto.
"Numa ilha vulcânica, os habitantes estão presos num ciclo sem fim: a ameaça de erupções iminentes e o fardo de traumas passados que as ensombram. Alguns recorrem a mitos e crenças religiosas para interpretar a sua situação precária, enquanto outros demonstram resiliência, ao reconstruir as suas aldeias das rochas vulcânicas", pode ler-se na sinopse da obra documental de 14 minutos.
Ao ser um reflexo da "atmosfera etérea das paisagens da ilha, o filme gradualmente assume a aparência das histórias que conta".
Aylin Gökmen licenciou-se em Artes pela Universidade de Lausana e tem um mestrado em cinema documental pelo programa DocNomads Erasmus Mundus. Este ano, cofundou a produtora A Vol d'Oiseau.
Também na competição de curtas-metragens encontra-se a brasileira 'Inabitável', de Matheus Farias, sobre um Brasil "onde uma pessoa trans é assassinada a cada três dias, Marilene procura pela sua filha, Roberta, uma mulher trans desaparecida".
Na competição internacional de longas-metragens de ficção, está também o brasileiro 'A Nuvem Rosa', de Iuli Gerbase, sobre "uma nuvem rosa tóxica [que] surge em diversos países, forçando todos a ficarem confinados".
O festival de Sundance de 2021 vai ser "um bocado diferente", nas palavras da diretora, Tabitha Jackson, com grande parte da programação a ser exibida 'online' através da plataforma do evento, enquanto outros momentos vão acontecer fisicamente através de "ecrãs satélite" espalhados pelos Estados Unidos.
"Um novo capítulo, cheio de possibilidades. Apesar dos desafios que este ano trouxe, nada nos podia impedir de celebrar o cinema independente, artistas visionários, perspetivas únicas e vocês, as nossas audiências aventureiras", pode ler-se na mensagem da diretora do evento, antes de acrescentar: "Pela primeira vez, vamos levar o festival até vocês - 'online' e no mundo real, pelos Estados Unidos e além".
A programação do festival inclui estreias mundiais dos novos filmes de realizadores como os britânicos Ben Wheatley e Edgar Wright, bem como as estreias atrás da câmara de Rebecca Hall e Robin Wright.
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