Numa nota enviada à agência Lusa, a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) diz que recebeu esta semana os primeiros contactos do Ministério da Saúde e sublinha que a inclusão dos profissionais de saúde que trabalham no setor privado no mesmo nível de prioridade dos do setor público é "decisiva no esforço nacional conjunto para conter e, mais à frente, vencer o vírus que interrompeu subitamente o nosso modo de vida".
Segundo a APHP, estes cerca de 15 mil profissionais "asseguram o tratamento e a assistência a mais de quatro milhões de doentes por ano".
"Durante estes 10 meses, os profissionais de saúde têm assumido plenamente a dever de assegurar o tratamento de todos os doentes em todas as circunstâncias, assumindo, naturalmente, todos os riscos que, deste modo, também afetam as respetivas famílias", acrescenta a associação.
Segundo o plano de vacinação, os profissionais de saúde (incluindo os do setor privado) serão vacinados na primeira fase, que deverá prolongar-se até ao final de março de 2021. Até terça-feira tinham sido vacinados 16.701 profissionais de saúde.
A administração da primeira vacina contra a covid-19 a chegar a Portugal começou no dia 27 de dezembro e o plano prevê que sejam vacinados até abril cerca de 950 mil pessoas dos grupos prioritários definidos pelo grupo de trabalho: pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas, utentes e trabalhadores de lares e profissionais de saúde e de serviços essenciais.
A primeira fase de vacinação tem prevista a chegada de 1,2 milhões de doses de uma vacina que é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Portugal contabiliza pelo menos 6.751 mortos associados à covid-19 em 400.002 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).