"Como foi possível desenvolver uma vacina para a covid-19 tão depressa?", "A vacina para a covid-19 é segura?", "A vacina para a covid-19 permitirá devolver a normalidade às nossas vidas?" e "Devo vacinar-me para a covid-19?" são as perguntas às quais os investigadores do IMM Bruno Silva-Santos, Luís Graça, Miguel Prudêncio e Pedro Simas respondem.
Os quatro vídeos - um por cada questão - estarão disponíveis nas redes sociais do IMM.
Na sexta-feira haverá uma sessão aberta de perguntas e respostas transmitida na plataforma YouTube, onde os interessados "poderão colocar em direto as suas questões e esclarecer dúvidas sobre o processo de desenvolvimento de vacinas, a sua segurança e eficácia e a perspetiva da pandemia para os próximos meses", refere o IMM em comunicado.
O gabinete de comunicação do IMM indicou à Lusa que serão produzidos mais vídeos explicativos à medida que forem surgindo mais dúvidas sobre as vacinas por parte das pessoas.
Justificando a iniciativa, o imunologista Bruno Silva-Santos, vice-diretor do IMM, salienta, citado no comunicado, que "este projeto surge da necessidade urgente de disponibilizar informação credível sobre a vacinação para a covid-19, que agora se inicia".
"Todos os dias ouvimos dúvidas e inquietações de tantos cidadãos e cabe-nos a nós, cientistas, responder com os factos e os dados clínicos de que dispomos", sublinha, por sua vez, o virologista Pedro Simas.
No vídeo "Como foi possível desenvolver uma vacina para a covid-19 tão depressa?", o imunologista Bruno Silva-Santos responde com o avanço tecnológico, o empenho de cientistas e farmacêuticas e a avaliação imediata de resultados pelos reguladores dos medicamentos.
À pergunta se a vacina é segura, o parasitologista Miguel Prudêncio responde que é "absolutamente segura", não tem efeitos secundários graves, apenas desencadeia reações normais como febre, fadiga ou dor no braço.
O virologista Pedro Simas assegura que a vacina para a covid-19 "permitirá devolver a normalidade" à vida, uma vez que possibilitará alcançar a imunidade de grupo contra o novo coronavírus causador da infeção.
Para o imunologista Luís Graça, "sem dúvida" que as pessoas devem vacinar-se, é "um imperativo de saúde pública" que "vai salvar muitas vidas".
Em Portugal, a campanha de vacinação contra a covid-19 iniciou-se em 27 de dezembro nos hospitais, com a inoculação de profissionais de saúde. Hoje estendeu-se aos lares de idosos.
A vacina administrada é a do consórcio Pfizer-BioNTech, cujo uso de emergência foi aprovado em 21 de dezembro pela Agência Europeia do Medicamento.
Aguarda-se para breve que o regulador europeu se pronuncie sobre o uso de uma outra vacina experimental, a da empresa de biotecnologia Moderna.
Ambas as vacinas baseiam-se na mesma tecnologia de engenharia genética, que foi utilizada pela primeira vez na produção de vacinas.
A pandemia da covid-19 provocou pelo menos 1.843.631 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
Em Portugal, morreram 7.186 pessoas dos 431.623 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.