Rui Miguel Carneiro, delegado sindical, disse à Lusa que neste momento "o grande problema" é o frio que se faz sentir no edifício, já que o sistema de aquecimento "não funciona".
"Temos ali os utentes tapados com cobertores em cima de cobertores, enquanto os profissionais de saúde têm de usar três ou quatro camadas de roupa por baixo da farda, porque o frio não se aguenta", descreveu.
Em causa está um edifício de apoio ao serviço de urgência do hospital, construído para centralizar o tratamento e avaliação de doentes respiratórios, assegurando uma separação física do restante serviço de urgência médico-cirúrgica.
O edifício entrou em funcionamento há cerca de um mês.
"Não tem condições para funcionar com um mínimo de segurança, falta tudo", disse o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, esta quinta-feira.
Para José Azevedo, "será um perigo", tanto para os utentes como para os profissionais, se a situação se mantiver.
"A administração, que está em fim de mandato, quis mostrar serviço, mas o que estão a mostrar é efetivamente um mau serviço", acentuou o dirigente sindical.
A Lusa contactou a administração do Centro Hospitalar do Médio Ave, que não quis fazer qualquer comentário.