Após ter estado reunida, esta manhã, com a comissão responsável pelo Plano de Vacinação contra a Covid-19 no país, a ministra da Saúde realizou, em conferência de imprensa, um breve ponto de situação sobre as vacinas recebidas e administradas até à data e também uma antevisão do que serão as próximas semanas.
"[A vacina da] Moderna vai fazer a entrega de 8.400 doses ainda esta semana", anunciou Marta Temido, acrescentando que a data específica ainda irá ser confirmada.
Ainda sobre estas novas vacinas, a governante esclareceu que estas serão "afetadas a profissionais de saúde de privados que têm colaboração com o Serviço Nacional de Saúde (SNS)" no tratamento de doentes Covid-19.
No dia 18 e 25 de janeiro, informou também a ministra, prevê-se novas entregas de vacinas, designadamente da Pfizer, e, ainda nessa semana, mais doses da Moderna.
"Continuamos a realizar o trabalho de identificação de pessoas que, em função da sua idade e comorbidades, irão ser vacinadas ainda nesta primeira fase (...) e também a preparação daquilo que poderão vir a ser centros de vacinação", acrescentou, reiterando que a primeira fase do plano de vacinação deverá estar concluída em fevereiro.
Quanto às vacinas já recebidas e administradas, Marta Temido recordou que Portugal recebeu 159.900 mil vacinas da Pfizer, entre os dias 26 dezembro e 4 janeiro, e que foram distribuídas 140.400 doses no Continente e 19.500 doses nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Até ao final do dia de sexta-feira, "foram vacinadas 74 mil pessoas", detalhou.
Marta Temido ainda sublinhou que "até ao final da semana passada, tínhamos conseguido iniciar a vacinação em 155 estruturas residenciais para idosos ou de cuidados continuados".
Questionada sobre qual é o critério para administrar uma vacina da Pfizer ou da Moderna a uma determinada população, a governante explicou que "a única distinção" que foi comunicada é que a vacina da Pfizer destina-se a pessoas a partir dos 16 anos e a da Moderna a partir dos 18, e que na toma da segunda dose recomenda-se que "não se troque" as marcas das vacinas. "A nossa preocupação é que estes dois aspetos sejam cumpridos", declarou.
"Estamos numa situação mais pesada e complexa do que as duas [vagas] anteriores, mas também estamos num momento em que começamos a perspetivar aquilo que serão os resultados da vacinação que se alcançarão ao longo dos próximos meses", concluiu.
Portugal registou ontem 102 mortes e 7.502 novos casos de infeção, o terceiro dia consecutivo com um registo diário de óbitos acima de 100. Com o país a atingir novos máximos no que diz respeito aos dados epidemiológicos, o Governo admitiu, no sábado, o regresso a um confinamento geral, que poderá entrar em vigor já às 00h00 de quinta-feira.
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