Elizangela e o seu bebé. "Um dos mais extraordinários casos da pandemia"

Mulher estava infetada com Covid e teve de ser internada nos Cuidados Intensivos do Hospital Santa Maria. Foi colocada em Oxigenação por Membrana Extracorporal e submetida a um procedimento "de que não havia registos em termos mundiais".

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© Reprodução Facebook / Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE

Notícias Ao Minuto
14/01/2021 20:29 ‧ 14/01/2021 por Notícias Ao Minuto

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Covid-19

O caso de Elizangela, de 31 anos, é considerado pelo Centro Hospitalar de Lisboa Norte como "um dos mais extraordinários da pandemia a nível mundial". Através das redes sociais, foi dada a conhecer a história desta mulher que, "infetada com Covid e grávida de 27 semanas, teve de ser internada nos Cuidados Intensivos do Hospital de Santa Maria no início de Novembro de 2020".

Em "situação crítica" e com "os pulmões num estado muito grave", a mulher "teve de ser colocada em ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorporal, uma técnica de suporte vital de fim de linha) pouco tempo depois, para manter os seus níveis de oxigénio e os do bebé"

Contudo, prossegue o Centro Hospitalar na publicação, "a meio de novembro "com apenas 29 semanas de gestação, o agravamento do seu estado de saúde levou as equipas do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte a avançarem para um procedimento de que não havia registos em termos mundiais: uma cesariana de um prematuro com uma grávida Covid ligada a ECMO."

A operação "decorreu no bloco de ginecologia, adaptado para esta fase de pandemia", com "o plano resultou num enorme sucesso". E o bebé está bem de saúde: "Apesar de prematuro e de a mãe ter passado os últimos dias de gestação em estado grave, ficou bem e sem sequelas, ao cuidado do Serviço de Neonatologia".

Apesar de tudo, a "incerteza em relação a Elizangela manteve-se depois do parto: continuou ligada à ECMO e com um prognóstico muito incerto…" Mas as dificuldades não a abalaram. "No dia 7 de Dezembro, Elizangela saiu dos Cuidados Intensivos, depois de uma recuperação que os especialistas que a acompanharam classificam de 'espantosa'. Dez dias depois, teve alta da Medicina II F e já pôde passar o Natal em casa, mas ainda sem o seu filho". 

Quanto ao recém-nascido, "há menos de uma semana, teve também alta do Hospital de Santa Maria, onde vai continuar a ser acompanhado regularmente pela Neonatologia"

No final da mensagem, o Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE sublinha o esforço e dedicação de todos nesta batalha. "Intensivistas, obstetras, neonatologistas, anestesistas, enfermeiros, terapeutas de reabilitação, técnicos de diagnóstico, profissionais de várias áreas, este foi um verdadeiro trabalho de equipa e interdisciplinar, só possível num hospital diferenciado e que prova a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde. Parabéns a todos!"

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