Parques de campismo abertos mas "praticamente vazios"

Os parques de campismo "estão praticamente vazios", mas "é positivo" que se mantenham em funcionamento durante o confinamento geral devido à covid-19, avançou hoje a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP).

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Lusa
15/01/2021 13:54 ‧ 15/01/2021 por Lusa

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Covid-19

"Apenas os parques associativos têm algumas pessoas, pessoas idosas que estão sozinhas em casa e que preferem estar nos parques de campismo em contacto com a natureza, têm lá os seus amigos, os seus apoios", afirmou o presidente da FCMP, João Queiroz, revelando que a ocupação dos parques associativos, no total de 32 de norte a sul de Portugal continental, "anda entre os 10% e os 15%".

Em declarações à agência Lusa, o dirigente da federação assegurou que os parques de campismo "estão a funcionar cumprindo todas as regras como está determinado", inclusive com o encerramento dos parques infantis e das piscinas.

"Há todas as condições para manter os distanciamentos, para manter tudo desinfetado, para ter o restaurante fechado, mas com possibilidade de 'take-away'", reforçou o presidente da FCMP, adiantando que os mercados que existem nalguns parques de campismo mantêm-se em funcionamento.

Congratulando-se com a decisão de os parques de campismo poderem manter-se de portas abertas, em oposição ao confinamento geral em março e em abril de 2020, em que foram obrigados a encerrar, João Queiroz defendeu que a atual medida se deve ao profissionalismo dos trabalhadores dos parques, que estão "a cumprir, com todo o rigor, com as regras todas".

"Não aconteceu, em nenhum parque, nenhum surto", destacou o dirigente da federação de campismo.

Sobre a atividade após o primeiro confinamento geral, em que voltaram a abrir em 18 de maio de 2020, o presidente da FCMP lembrou que as áreas de campismo foram sujeitas à limitação a 2/3 na ocupação e que depois houve o caso da Câmara de Almada que impôs o limite de 50% na ocupação, para dizer que, com a redução da ocupação, "o negócio baixou muito".

"Houve zonas no litoral em que as pessoas procuraram ir para a praia, em que houve alguma pressão [das áreas de campismo] e daí que a lotação tenha estado ao nível do que foi determinado superiormente, alguns com 75%, outros com 50%, depois de terem aberto", expôs João Queiroz, assegurando que as limitações na ocupação foram cumpridas, inclusive com uma escala de rotatividade das pessoas nos parques.

Relativamente à situação dos trabalhadores, a federação diz que tem feito "um esforço no sentido de garantir os salários a todos os seus profissionais, quer nos parques, quer na serra, mesmo na área desportiva".

Após uma reunião com os presidentes dos parques de campismo associativos, que decorreu na quinta-feira, o presidente da FCMP não teve nenhuma informação quanto à intenção de colocar trabalhadores em regime de 'lay-off'.

"Como os parques estão abertos e têm de ter a necessária limpeza e a desinfeção regular periódica durante o dia, todos os parques estão a fazer um esforço no sentido da manutenção dos postos de trabalho", indicou João Queiroz.

Em relação às perspetivas para os próximos tempos, o dirigente da federação de campismo ressalvou que é preciso aguardar, mas manifestou-se confiante de que a atividade possa a voltar ao registo de anos anteriores: "sem dúvida, o campismo sempre teve procura e com o crescimento do turismo e com aquelas promoções de pacotes turísticos a nível dos hotéis, os parques nunca deixaram de ter procura".

Integrando os estabelecimentos turísticos e estabelecimentos de alojamento local, os parques de campismo fazem parte do conjunto de 52 tipos de atividade que podem continuar a funcionar durante o confinamento geral devido à covid-19, em vigor entre as 00:00 de hoje e as 23:59 de 30 de janeiro, e que se aplica a todo o território de Portugal continental, de acordo com o diploma do Governo.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.994.833 mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 8.384 pessoas dos 517.806 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: País em confinamento e outras 3 coisas que deve saber para começar o dia

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