Em declarações à Lusa, João Tiago Machado, da CNE, afirmou que não se registaram este domingo incidentes com o voto antecipado em mobilidade, mas admitiu alguns problemas, questionado sobre as longas filas e alguma confusão entre os eleitores ao longo do dia.
"São dores de crescimento. Este é um processo em constante evolução. Foi a primeira vez que isto acontece em plena pandemia e vai ser aperfeiçoado no futuro", afirmou o responsável da CNE.
Independentemente do que se passou e da boa afluência, João Tiago Machado sublinhou que os eleitores que, por algum motivo, não votaram este domingo podem fazê-lo no próximo domingo sem necessitarem de fazer qualquer pedido.
Os portugueses começaram a votar este domingo, uma semana antes das presidenciais de 24 de janeiro, no chamado voto antecipado em mobilidade para o qual se inscreveram 246.880 eleitores, um número recorde.
Ao longo do dia de votação, em especial nas grandes cidades, como Lisboa, Porto e Coimbra, formaram-se longas filas de eleitores para votar.
As cerca de 600 urnas abriram às 08:00 e encerraram as 19:00.
Depois da experiência de 2019, nas europeias e legislativas, o voto antecipado em mobilidade alargou-se, das capitais do distrito para as sedes dos concelhos, e o objetivo é simples: evitar grandes concentrações de pessoas devido à epidemia de covid-19 no país.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).