Sindicato de Todos os Professores convoca greve contra escolas abertas

O Sindicato de Todos os Professores (STOP) entregou um pré-aviso de greve para que os profissionais de educação de todos os níveis de ensino possam ter um instrumento legal que suspenda as aulas presenciais face ao contexto pandémico.

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Lusa
20/01/2021 13:53 ‧ 20/01/2021 por Lusa

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Covid-19

"Tendo em consideração a situação de emergência nacional (com risco de o Sistema Nacional de Saúde entrar em colapso) e face à atitude irresponsável do Governo em manter as Escolas abertas (ao contrário do que a esmagadora maioria dos médicos e cientistas defende), o STOP convocou greve para pressionar o Governo a mudar relativamente às escolas", refere o sindicato.

Em declarações à agência Lusa o coordenador nacional do STOP, André Pestana, explicou que, respeitando o prazo legal, o pré-aviso de greve terá efeito a partir de 01 de fevereiro e é extensível a todos os profissionais de educação, entre professores e auxiliares, de todos os níveis de ensino, incluindo o ensino superior.

"Enviamos os pré-aviso de greve no fim de semana e abrange todos os profissionais de educação. Se o Governo não encerrar as escolas os profissionais terão assim uma ferramenta legal para o fazer. Não somos carne para canhão e exigimos respeito por nós e pelos profissionais de saúde também ", explicou.

André Pestana adiantou que o STOP iniciou na terça-feira um inquérito para aferir a posição dos profissionais de educação relativamente ao encerramento das escolas assim como a dimensão desse desejo.

Até ao momento, explicou, das mil respostas obtidas, 80% apontam para o encerramento dos estabelecimentos de ensino.

O coordenador nacional do STOP disse ainda que considera ser mais justo o ensino presencial, que a passagem para o ensino à distância não é o ideal, mas considera "incomparavelmente pior para todos se o sistema de saúde colapsar".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) avisou hoje que pode ser preciso reforçar nas escolas secundárias as medidas contra a pandemia de covid-19 pois os adolescentes de 16 a 18 anos transmitem o vírus mais rapidamente do que os mais novos.

Numa atualização informativa semanal, a OMS diz que os adolescentes entre os 16 e os 18 anos transmitem o vírus "tão frequentemente quanto os adultos e mais prontamente do que crianças mais novas" e acrescenta ainda que foram relatados mais surtos nas escolas secundárias do que nas primárias.

"Em particular, os adolescentes mais velhos devem ser lembrados para limitarem o risco de exposição fora dos ambientes escolares, evitando situações de alto risco, incluindo espaços lotados, de contacto próximo e mal ventilados", refere.

As novas medidas para combater a covid-19 entraram em vigor às 00:00 de hoje, reforçando as restrições de movimentação de pessoas já previstas no confinamento geral decretado no âmbito do estado de emergência em vigor no país.

As escolas vão manter-se abertas em ensino presencial e serão alvo de uma campanha de testes rápidos, mas o primeiro-ministro já anunciou que não hesitará em fechar estabelecimentos de ensino caso se verifique que a variante inglesa do novo coronavírus, mais contagiosa, se torne dominante.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.058.226 mortos resultantes de mais de 96,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 9.246 pessoas dos 566.958 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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