"O agravamento exponencial, nas últimas semanas, da situação epidemiológica em Portugal, com incidência significativa no número de casos de contágio em meio escolar, deverá determinar o imediato encerramento das escolas, por razões imperiosas de contenção da pandemia e da saúde pública", informa a direção nacional daSPLIU em comunicado enviado hoje à Lusa.
Também o SINAPEafirma, em comunicado,que a comunidade escolar de 2,5 milhões de cidadãos devia deixar de circular e voltar para casa, pois "a educação é importante, mas as vidas são mais importantes".
Os sindicatos dizem que esta tomada de decisão tem por base as informações que têm sido recolhidas e partilhadas nos últimos dias.
O SINAPE apoia-se no aumento significativo de alunos, docentes e não docentes em confinamento, nos relatos de autarquias e presidentes de câmaras relativamente à quase inoperacionalidade das escolas e no facto de haver encarregados de educação que não estão a permitir que os seus filhos vão escola.
São ainda apontadas como causas justificativas as aglomerações de alunos à porta das escolas, os transportes escolares não terem condições e haver tempos de espera elevados, além de que as escolas estão "totalmente desprovidas de condições térmicas" que deem conforto à comunidade escolar, declarando que "o processo de aprendizagem está comprometido".
Também oSPLIU acredita que "o clima de medo e instabilidade que se vive nas escolas" perturba as aprendizagens.
Por isso, alicerçando-se nos pareceres dos especialistas na área da saúde, o SPLIU defende que o encerramento imediato das escolas é um "imperativo nacional" tendo ainda em contao "dramatismo que se vive nas unidades de saúde".
"Temos de agir, pois já vamos tarde", sublinha a direção nacional do SINAPE.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.058.226 mortos resultantes de mais de 96,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.246pessoas dos566.958casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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