A percentagem, refere a APDP em comunicado hoje divulgado, corresponde às pessoas com diabetes com mais de 50 anos e com insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e doença pulmonar obstrutiva crónica ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.
"É preciso informar as pessoas com diabetes e com mais de 50 anos que devem falar com seu médico e pedir uma declaração que atesta a sua condição. Com esta declaração, as pessoas com diabetes devem dirigir-se ao centro de saúde da sua área geográfica para serem vacinadas já a partir da próxima semana", refere a associação.
Segundo José Manuel Boavida, presidente da APDP, as vacinas serão um instrumento fundamental no controlo da Covid-19, "mas a sua distribuição será um desafio".
"As pessoas com diabetes sabem esperar pela sua vez, mas exigem que aqueles que estão em maior risco sejam devidamente priorizados. A atual comunicação sobre os grupos de risco não está a passar" em relação às pessoas com diabetes, com mais de 50 anos e, com pelo menos, umas das comorbilidades listadas para a primeira fase do plano de vacinação.
Segundo João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, citado no comunicado, "são muitas as pessoas que vivem com diabetes e que estão com elevado risco em caso de covid-19", cerca de 30% a 40%.
"A realidade é que muitas destas pessoas podem desconhecer que têm uma insuficiência cardíaca, coronária ou renal. Desta forma, recomendamos a todas as pessoas com diabetes e mais de 50 anos, que procurem esclarecimento junto do médico que as acompanha", adianta.
Fundada em 1926, a APDP é a associação de pessoas com diabetes mais antiga do mundo, contando com cerca de 15 mil associados.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.149.818 mortos resultantes de mais de 100 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da Universidade Johns Hopkins, dos EUA.
Em Portugal, morreram 11.012 pessoas dos 653.878 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.