Em comunicado, o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) diz que se mantém a monitorização permanente do fluxo da rede de oxigénio medicinal e garante que nunca esteve em causa "a disponibilidade de oxigénio ou o colapso da rede", explicando que os constrangimentos se prenderam com "a dificuldade existente em manter a pressão".
"De igual modo, em momento algum os doentes internados estiveram em perigo devido a esta ocorrência, tendo as flutuações da rede sido colmatadas com recurso a garrafas de oxigénio, envolvendo a mobilização de vários profissionais, cujo esforço se enaltece e agradece publicamente", acrescenta o hospital.
Estes constrangimentos obrigaram na terça-feira à noite a transferir 53 doentes para outras unidades de saúde da região de Lisboa, "com vista a garantir a diminuição do número de doentes internados a quem é necessário administrar oxigénio em alto débito", explica.
Na nota hoje divulgada, o HFF agradece a solidariedade dos hospitais que receberam os doentes que ali se encontravam internados, assim como às corporações de bombeiros, INEM e empresas privadas que permitiram transferir os doentes "num tempo relativamente curto".
"Este verdadeiro funcionamento em rede, envolvendo várias entidades, permitiu dar uma resposta exemplar a uma ocorrência extremamente desafiante", sublinha.
O HFF lembra que é o hospital da região Lisboa com mais doentes covid-19 internados, com um total de 363 (à data de terça-feira), que houve um aumento de 400% de doentes infetados com o novo coronavírus internados naquela unidade desde o início do ano e que muitos deles "necessitam de oxigénio medicinal em alto débito".
Diz também que já tem em curso "um conjunto de obras para reforço da rede de fornecimento de oxigénio, designadamente as áreas das enfermarias, serviços de urgência, unidades de cuidados intensivos, entre outras".
"O reforço desta infraestrutura vai melhorar a capacidade de resposta a eventuais necessidades de aumento do consumo", acrescenta.
Além disso, "tiveram também já início os trabalhos de instalação de uma rede redundante na Torre Sintra, que - tal como a rede redundante já instalada na torre Amadora - irá reforçar a rede de gases medicinais já existente".
O Amadora-Sintra informa ainda que, adicionalmente, "vai também ser instalado um tanque de oxigénio para alimentar em exclusivo a Área Dedicada a Doentes Respiratórios do Serviço de Urgência e que ficará independente da rede principal" do hospital.
Leia Também: Situação do Amadora-Sintra "estão regularizada", garante Luís Pisco