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Marcelo explicou com humor 'coabitação' com Costa com cada um na sua casa

O Presidente da República, social-democrata, tentou este domingo explicar, com humor, a coabitação com o primeiro-ministro, socialista, por cada um viver a sua casa e não revelarem em público os "momentos menos bons", como "em todas as relações humanas".

Marcelo explicou com humor 'coabitação' com Costa com cada um na sua casa
Notícias ao Minuto

23:52 - 31/01/21 por Lusa

Política Covid-19

Marcelo Rebelo de Sousa foi entrevistado no programa 'Isto é Gozar com Quem Trabalha', da SIC, por Ricardo Araújo Pereira e respondeu às perguntas bem-humoradas, por exemplo, para saber como consegue resistir ao "divórcio", que aumentou no tempo de pandemia, e o que faz "para manter a chama quando o primeiro-ministro mete tanta água".

O Presidente reeleito respondeu, a sorrir, que há "três razões" para isso acontecer.

A primeira é que "cada um vive na sua casa", São Bento e em Belém, e a segunda é por tratar-se de "uma relação institucional que pode ter momentos afetivos, mas não uma relação afetiva, que pode ter momentos institucionais", disse.

"Faz a diferença", concluiu, para logo a seguir dizer que "como todas as relações humanas tem momentos bons e maus, só os traz a público".

Fazendo o balanço, Marcelo afirmou que esta coabitação resultou, para o país, com um "momento geral bom, mais do que alguns momentos pontuais maus", em que os "momentos bons compensam os momentos menos bons".

Marcelo repetiu ter compreendido o eleitorado nas presidenciais, que "as pessoas querem mais e melhor" e admitiu que, com o país a viver numa crise pandémica, espera "mais investimento" no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Foi quando respondeu à pergunta sobre se a crise o levaria a retirar as condecorações do 10 de Junho face ao agravamento da crise pandémica e recordou que, em 2020, agraciou, simbolicamente, os médicos e enfermeiros que trataram o primeiro doente de covid-19.

"Se pudesse multiplicava-as [as condecorações]. Mas é melhor dar-lhes condições de vida e de trabalho do que condecorações. Espero que haja mais investimento no SNS, mesmo com menos medalhas", disse.

No final de uma semana de polémicas com a vacinação, de políticos, por exemplo, Marcelo defendeu o "bom senso" na gestão deste dossier e afirmou: "O bem senso é um bem muito raro. Mas aqui deve prevalecer e vai prevalecer."

Esta é a segunda entrevista de Marcelo ao programa de Ricardo Araújo Pereira e prometeu voltar "depois da pandemia".

Leia Também: Presidenciais. "Ninguém mais no futuro vai repetir resultado de Marcelo"

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