"A detida, aproveitando-se das funções que aí exercia, conhecedora das dinâmicas da unidade onde trabalhava, subtraiu diversos objetos em ouro, nomeadamente anéis, fios e brincos, a doentes que se encontravam internados, em situação de especial vulnerabilidade e sem capacidade para oferecerem resistência", refere a PJ, em comunicado.
Fonte da Diretoria do Centro PJ disse à agência Lusa que a arguida iniciou funções em dezembro de 2019 no CHUC como auxiliar de refeitório e que os crimes ocorreram de forma reiterada ao longo deste tempo.
Segundo a fonte, estão identificados "seis crimes", mas a convicção dos inspetores é que com o decorrer da investigação sejam "muitos mais".
Os objetos roubados eram depois transacionados em estabelecimentos de compra e venda de ouro, "obtendo, assim, avultados proventos", na ordem dos 4.000 mil euros.
Na sua residência, em Coimbra, a PJ apreendeu ainda duas dezenas de objetos em ouro.
De acordo com a Diretoria do Centro, a detida já tinha sido condenada a pena de prisão por crime idêntico em 2019, mas na altura convertível no pagamento de dias de multa.
A suspeita foi detida na quinta-feira, antes de iniciar o turno de trabalho.
A denúncia dos crimes foi efetuada pela administração do CHUC, que colaborou ainda "no fornecimento de informações relevantes, contribuindo decisivamente para a recolha de indícios probatórios".
A detida, divorciada, de 53 anos de idade, foi presente a primeiro interrogatório judicial na sexta-feira, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.