A diretora do serviço de farmácia do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) foi demitida esta terça-feira após ter havido uma falha, na semana passada, na utilização do sistema de refrigeração que danificou 130 frascos de vacinas contra a Covid-19.
A demissão foi confirmada à TVI pela administração do Hospital de Penafiel, que não quis prestar mais nenhum comentário sobre a situação pelo o caso se encontrar em fase de inquérito.
As vacinas que foram danificadas, no passado dia 27 de janeiro, iam ser administradas a 600 profissionais de saúde daquele hospital.
Na quarta-feira, num esclarecimento à agência Lusa, fonte da administração indicou ser de "lamentar profundamente [a inutilização das vacinas], uma vez que, quer no CHTS quer em toda a rede do SNS, são fornecidas instruções de trabalho específicas para o seu manuseamento".
Refere-se, ainda, que o conselho de administração "ordenou de imediato a abertura de um processo de inquérito, para apuramento detalhado do sucedido e das respetivas responsabilidades, estando em avaliação a apresentação de participação por eventual processo crime".
O CHTS sediado em Penafiel, no distrito do Porto, informou ainda "que, assim que teve conhecimento do problema", realizou diversas diligências de forma a que fossem repostas rapidamente as vacinas inutilizadas.
O hospital indicou que, "atendendo à sensibilidade que esta questão comporta e à sua relevância social, foram ainda determinadas medidas reforçadas de vigilância permanente no local, sempre que existam vacinas para ser administradas".
É de recordar que as vacinas que estão, neste momento, a ser administradas em Portugal, requerem uma refrigeração em temperaturas muito baixas. A da Moderna deve permanecer a cerca de 20 graus negativos e da Pfizer a 70 graus negativos.
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