Num universo de mais de um milhão de alunos a frequentar as escolas do 1.º ao 12.º anos de escolaridade, a opção pelo ensino doméstico continua a ser residual, mas registou um aumento em relação ao passado ano letivo.
Segundo dados do Ministério da Educação pedidos pela Lusa, no passado ano letivo (2019/2020) havia 524 alunos matriculados no ensino doméstico enquanto este ano são já 723.
No entanto, os números mostram também que, há dois anos, havia mais famílias a optar por este modelo: No ano letivo de 2018/2019, 866 crianças aprendiam longe da escola.
É na região de Lisboa e Vale do Tejo que se encontra quase metade destes alunos, seguindo-se o norte. Este ano, por exemplo, há 352 estudantes em ensino doméstico na zona de Lisboa e Vale do Tejo e 178 na região norte.
O Centro, Algarve e Alentejo são as regiões do país com menos alunos em ensino doméstico. No Alentejo, por exemplo, há apenas 16 matrículas.
Em meados de março do ano passado, todas as famílias foram forçadas a adaptar as suas casas em salas de aula improvisadas, uma vez que os estabelecimentos de ensino foram encerrados e o ensino passou a ser à distância, devido à pandemia de covid-19.
No entanto, os cerca de 1,2 milhões de alunos do ensino básico e secundário viveram uma experiência diferente, uma vez que mantinham um contacto diário com a escola e professores.
No ensino doméstico, são as famílias quem decide o que aprender e de que forma. Mas todos têm de atingir determinados objetivos curriculares e são avaliados no final de cada ciclo de ensino.