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DGS recomenda que cemitérios e crematórios funcionem na capacidade máxima

A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou as normas para a realização de funerais de pessoas com Covid-19 e recomenda que, dada a situação atual de mortalidade aumentada, os cemitérios e crematórios deverão funcionar na sua capacidade máxima.

DGS recomenda que cemitérios e crematórios funcionem na capacidade máxima
Notícias ao Minuto

17:13 - 06/02/21 por Lusa

País Covid-19

Segundo a DGS, os cemitérios e crematórios devem funcionar, preferivelmente, em horário e calendário alargado, o que deve ser assegurado pelas entidades responsáveis pela sua gestão.

Na norma a Direção-Geral da Saúde explica que tal como em outros países da Europa, tem-se verificado em Portugal um número de mortes por covid-19 mais elevado do que seria de esperar e é necessário acautelar, e manter atualizados, procedimentos de forma a serem garantidos funerais dignos, realizados com um mínimo de risco para todos.

Os agentes funerários, refere a DGS, devem manter uma boa comunicação com os familiares explicando-lhes o regime de exceção vigente devido à pandemia da covid-19, com procedimentos que serão diferentes do habitual, por forma a minimizar a potencial da transmissão da doença e manter a dignidade cerimónia.

Esta atualização das regras prevê que seja mantido o procedimento do reconhecimento visual do corpo por um familiar próximo, sempre que o houver.

Para a cerimónia fúnebre/funeral, o caixão deve preferencialmente manter-se fechado, mas caso seja esse o desejo da família, e houver condições, pode permitir-se a visualização do corpo, desde que rápida, a pelo menos um metro de distância.

A DGS acrescenta que a visualização do corpo pode também ser conseguida através de caixões com visor não sendo permitido, em qualquer uma das situações, tocar no corpo ou no caixão.

A norma refere também que todos os presentes na cerimónia fúnebre devem usar máscaras faciais, incluindo o pessoal funerário e religioso, bem como manter o distanciamento físico de dois metros.

A sepultura em jazigo pode ser efetuada desde que cumpridas as regras, incluindo o uso de urna adequada, selada.

Embora refira que até à data, não há prova de contágio e infeção pela exposição aos corpos de pessoas que morreram com SARS-CoV-2/COVID-19, dado que a emissão de gotículas ou produção de aerossóis é inexistente no cadáver, a DGS aconselha que todos os profissionais de saúde ou outros que manipulem ou preparem o corpo, devem usar Equipamento de Proteção Individual (EPI) apropriado, de acordo com as precauções básicas de controlo de infeção, nomeadamente luvas, bata ou avental impermeável descartável e máscara cirúrgica.

Portugal registou hoje 214 mortes relacionadas com a covid-19 e 6.132 casos de infeção com o novo coronavirus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde março de 2020, Portugal já registou 13.954 mortes associadas à covid-19 e 761.906 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 148.359 casos, menos 8.399 do que na sexta-feira.

Relativamente às 212 mortes registadas nas últimas 24 horas, 99 ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, entre as quais uma bebé de sete meses, 48 na região Centro, 44 na região Norte, 15 no Alentejo, seis na região do Algarve e duas na região Autónoma da Madeira.

Do total de vítimas mortais, 7.255 eram homens e 6.699 mulheres. O maior número de óbitos continua a concentrar-se nos idosos com mais de 80 anos, seguidos da faixa etária entre os 70 e os 79 anos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.299.637 mortos resultantes de mais de 105 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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