"Nós estamos atentos aos erros que vão surgindo no sistema, muitos têm a ver com o facto de ser uma ferramenta nova, as pessoas não estão familiarizadas com a mesma e nem sempre a usam nas melhores condições", disse hoje à agência Lusa o presidente da SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Luís Goes Pinheiro.
Este responsável adiantou que, "na medida do possível", têm procurado aperfeiçoar esta ferramenta e tentar que "seja menos sensível ao erro de operação".
"O simulador é novo e é normal as pessoas quererem muito usá-lo" e "tem sido utilizado com bastante intensidade", sublinhou Luís Goes Pinheiro, adiantando que desde domingo já foi usado por mais de 183 mil pessoas, das quais cerca de 21.000 aproveitaram para atualizar os seus contactos no portal.
Houve também 323 utentes que sinalizaram não ter número do SNS (Serviço Nacional de Saúde), tendo deixado os seus dados para poderem ser trabalhados posteriormente.
Segundo Luís Goes Pinheiro, têm chegado alguns relatos de problemas à SPMS sobre a utilização do simulador, "mas em número cada vez menor".
"Isto significa que, por um lado, as pessoas vão aprendendo a lidar com a ferramenta e, por outro lado, também temos vindo desde domingo a tentar aperfeiçoá-la para a tornar o melhor possível e vamos continuar a fazê-lo", assegurou.
A este propósito, anunciou que solicitou à ANAFRE - Associação Nacional de Freguesias que divulgasse junto das juntas de freguesia toda a informação relativa ao simulador.
O objetivo, explicou, é "apoiar as pessoas que eventualmente sintam mais dificuldade, ou não tenham possibilidade de usar sistemas de informação em casa, para que possam dirigir-se às juntas de freguesia e, com o apoio destas, usar o simulador".
"Nem toda a gente tem computador e é importante ter soluções para estas pessoas", defendeu Luís Goes Pinheiro.
Por outro lado, acrescentou, "também nos permite ir compreendendo as maiores dificuldades que as pessoas vão sentindo, para ir aperfeiçoando a ferramenta para a tornar o mais amigável possível".
Na segunda-feira, Luís Goes Pinheiro explicou que "o erro mais frequente" registado pelo sistema está relacionado com as pessoas que não têm o cartão de cidadão e possuem apenas o bilhete de identidade, estando essa circunstância associada a problemas de comunicação entre os sistemas de informação.
Perante a ausência de uma "identificação absoluta" na comunicação das informações, o responsável disse que a solução que já está a ser adotada dispensa a validação de todos os elementos do nome completo, um dos requisitos para a consulta 'online' no site covid19.min-saude.pt das listas da primeira fase de vacinação, além do número de utente do SNS e da data de nascimento.
Clique aqui para aceder ao simulador.
O simulador permite saber se os cidadãos com mais de 80 anos, ou entre os 50 e os 79 com uma das quatro quatro doenças (insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e doença respiratória crónica) estão incluídos nas listas da primeira fase da vacinação, estando disponível no portal Covid-19.
Até às 13:00 de segunda-feira já tinham sido feitas 533.070 administrações da vacina, 333 mil das quais correspondem a primeiras doses e 200 mil a segundas doses, segundo dados avançados pela ministra da Saúde, Marta Temido.
A covid-19 já matou em Portugal 15.522 pessoas, dos 788.561 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.