Associações apelam a participação em Greve Feminista Internacional
Coletivo de associações portuguesas destaca que a pandemia "agudizou desigualdades sociais" e garante que, tal como tem ocorrido nos últimos anos, em 2021 há Greve Feminista Internacional marcada para dia 8 de março.
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A pandemia não trava a luta pelos direitos humanos e no próximo dia 8 de março não irá travar também a realização da Greve Feminista Internacional de 2021.
Em comunicado, várias associações de mulheres, feministas e de defesa dos direitos humanos apelaram, esta quarta-feira, a que os portugueses se juntem a esta manifestação anual, organizada em Portugal pela Rede 8 de Março.
"Defendemos uma sociedade livre de opressões, que garanta direitos, igualdade, equidade e justiça social. Uma sociedade democrática com um Estado capaz de garantir que o acesso à saúde, à educação, a direitos laborais, à habitação, à segurança e à autodeterminação é verdadeiramente universal", começa por explicar o coletivo de entidades portuguesas na referida nota, sublinhando, a importância deste evento, em tempos de pandemia.
"A pandemia trouxe à superfície e agudizou desigualdades sociais, feridas abertas de um sistema capitalista, racista, colonial, capacitista, hetero-cis-sexista e patriarcal que se fortalece do fosso entre as pessoas que têm direitos e as que são empurradas para a margem", é argumentado.
Mais, para estas associações, é crucial a denuncia de que as mulheres - grupo no qual não estão esquecidas as mulheres (trans ou cisgénero), os homens trans ou as pessoas não binárias - chegam aos dias de hoje com batalhas impossíveis de "enumerar" pela "multiplicidade e complexidade das mesmas".
"Chegamos a 2021 e continua a ser-nos impossível enumerar todas as nossas batalhas pela multiplicidade e complexidade das mesmas. Desde os direitos mais básicos de sobrevivência e de uma vida digna, à plena aceitação da diversidade humana, à autodeterminação, à defesa contra a violência, ao direito sobre os nossos corpos e direito ao prazer, ao acesso à saúde sexual e reprodutiva, ao reconhecimento do trabalho informal e de cuidados, ao fim da precariedade à qual nos submetem constantemente, entre outras. As nossas lutas são tantas quantas as nossas opressões", é sublinhado.
Ainda sem divulgar pormenores sobre o evento - tendo em conta o contexto pandémico - as associações reiteram, contudo, que, como nos anos anteriores, no dia 8 de março, há Greve Feminista Internacional "porque sabemos que, se as mulheres param, o mundo para".
"Sabemos que muitas de nós não podem parar, e é também por isso que em solidariedade e com múltiplas vozes nos mobilizamos - por todas, sem exceção", é ainda acrescentado.
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