No passado dia 10 de fevereiro, a Polícia Federal do Brasil apreendeu meia tonelada de cocaína escondida num avião particular que já tinha recebido autorização para descolar da cidade de Salvador com destino a Portugal.
Sabe-se agora, conforme noticiou a SIC Notícias esta quinta-feira, que um dos passageiros era João Loureiro, antigo presidente do Boavista e filho de Valentim Loureiro.
Em declarações à estação televisiva, João Loureiro assegurou não estar relacionado com o que se passou e que continua no Brasil à espera de ser ouvido pelas autoridades.
A droga foi encontrada durante uma inspeção que agentes da Polícia Federal fizeram ao avião, que se encontrava na pista do Aeroporto Internacional de Salvador.
A apreensão só foi possível porque o piloto da aeronave particular comunicou à torre de controlo que os seus comandos de voo indicavam algum tipo de problema de funcionamento.
Após o alerta, os mecânicos que foram ao avião para verificar o problema descobriram parte da droga e relataram à Polícia Federal.
"Com o apoio de especialistas criminais federais e cães treinados para detetar drogas da Polícia Civil, foram encontrados na aeronave outros esconderijos onde estava o resto da droga", informou a Polícia Federal, numa nota divulgada hoje.
A droga tinha sido dividida em comprimidos marcados com logotipos de marcas desportivas famosas.
Os três tripulantes e dois passageiros da aeronave foram levados à Superintendência da Polícia Federal em Salvador para prestar depoimento, mas a polícia brasileira não esclareceu se foram detidos ou se apresentou queixa contra eles.
A aeronave onde foram encontrados os 500 quilos de cocaína pertence a uma empresa privada que oferece serviços de transporte aéreo.
"As investigações continuarão para identificar os responsáveis pela carga ilícita, que poderão responder pelas acusações de tráfico internacional de drogas e associação com o narcotráfico, cujas penas combinadas podem chegar a 25 anos de prisão", informou o comunicado da Polícia Federal no passado dia 10.
O Brasil é um importante intermediário nas rotas de embarque para a Europa da cocaína produzida nos países andinos.
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