Nuno Melo, através do Twitter, lançou novas farpas a Mamadou Ba. Numa publicação acompanhada por uma fotografia de um mapa de "Portugal Insular" e "Império Colonial Português", o centrista começou por destacar que "olhava para o meu velho e histórico mapa de Portugal e do Império Colonial e dei por mim a pensar na próxima queima na fogueira".
"O séc. XVI trouxe o Index Librorum Prohibitorum, o nazismo a Bücherverbrennung e nós levamos com o Mamadou e o Ascenso Simões", acrescentou o eurodeputado, usando a hashtag #ditadoresdeconsciências.
Na tarde desta quarta-feira, Mamadou Ba partilhou uma imagem deste post de Nuno Melo, fazendo apenas um breve comentário: "Delicioso".
Recorde-se que, anteriormente, o ativista tinha dado a sua opinião, no Facebook, a um debate na TVI onde o centrista participou, considerando que Nuno Melo "revelou o verdadeiro fascistoide que é".
"Foi igual a si próprio, ou seja, um marialva trafulha que mente com todos os dentes", disse ainda, na ocasião, acrescentando que Melo "mostrou-se um cobardola que, ao mesmo tempo que exaltava a coragem do criminoso de guerra, não teve a coragem de assumir a sua concordância com a minha deportação proposta por uma petição, patrocinada pelo seu partido, entre outros".
Olhava para o meu velho e histórico mapa de Portugal e do Império Colonial e dei por mim a pensar na próxima queima na fogueira. O séc XVI trouxe o Index Librorum Prohibitorum, o nazismo a Bücherverbrennung e nós levamos com o Mamadou e o Ascenso Simões. #ditadoresdeconsciências pic.twitter.com/1OK5IHp8KA
— Nuno Melo (@NunoMeloCDS) February 22, 2021
Ascenso Simões defendeu demolição do Padrão dos Descobrimentos
Num artigo publicado no Jornal Público, Ascenso Simões defendeu recentemente que o Padrão dos Descobrimentos deveria ter sido demolido. A afirmação do parlamentar gerou mal-estar e as reações não tardaram a apontar 'o dedo' ao socialista.
Para lá de considerar que o Padrão dos Descobrimentos, que classifica de "mamarracho", "num país respeitável, devia ter sido destruído", o deputado da Assembleia da República foi mais além. Ascenso Simões escreveu, na passada sexta-feira, que "o 25 de Abril de 1974 não foi uma revolução, foi uma festa".
Para o parlamentar, na Revolução dos Cravos, "devia ter havido sangue, devia ter havido mortos, devíamos ter determinado bem as fronteiras para se fazer um novo país". Mais tarde, em declarações ao Observador, o socialista explicou, porém, que não pretendia que esta afirmação tivesse uma interpretação literal.
"Não se trata de mortos físicos nem de sangue derramado nas ruas, mas de cortes epistemológicos. Cortes verdadeiros do ponto de vista da política, da transformação da sociedade", elucidou.
Porém, sobre a demolição do monumento edificado na capital, Ascenso manteve o que disse. Da mesma forma que a ponte Salazar mudou de nome para ponte 25 de Abril, também o Padrão devia ser destruído enquanto "monumento do regime ditatorial" que é, defendeu.
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