"Critérios para o desconfinamento serão atingidos a meio de março"

Previsões realizadas por projeto português apontam para que no dia 14 de março haja cerca de 140 casos diários de Covid-19 e que o total de internamentos ronde os 1.400. Ainda assim, perito lembra que desconfinamento deve ser realizado de forma gradual.

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Notícias ao Minuto
26/02/2021 11:40 ‧ 26/02/2021 por Notícias ao Minuto

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NOVA-IMS

De acordo com as mais recentes previsões realizadas pelo 'Dashboard Covid-19 Insights' - uma iniciativa da COTEC Portugal e da NOVA Information Management School (NOVA IMS) - estarão reunidas as condições para Portugal começar a desconfinar no final da primeira quinzena do próximo mês.

"Os critérios para o desconfinamento serão atingidos a meio de março", é sublinhado na análise divulgada, esta sexta-feira, em comunicado.

Segundo estas previsões, a 14 de março "o número de novos casos diários irá aproximar-se de 140, enquanto o total de internados deverá rondar os 1.400". Nesta mesma altura, o número de internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) "não deverá ser superior a 240".

A análise estima também que a "taxa de reprodução, Rt, seja já inferior a 0,7, podendo descer abaixo de 0,6 a partir do início de março", dado que "indicia que a incidência continuará em fase descendente".

As previsões para esta data estão, assim, abaixo dos três principais critérios que necessários para a realização de um desconfinamento seguro:

  • Incidência abaixo dos 366 casos diários, a que correspondem 50 casos acumulados, em 14 dias, por 100 mil habitantes;
  • Hospitalizações abaixo de 1.500, ou seja, 85% da capacidade instalada idealmente alocada a internamentos Covid-19;
  • Internamentos em UCI abaixo dos 242 casos - 85% da capacidade instalada idealmente alocada a internamentos Covid-19.

"Tudo indica que, a meio do mês de março, teremos atingido os patamares de segurança que nos permitem começar a levantar as restrições à mobilidade dos cidadãos. É importante, no entanto, lembrar que o desconfinamento deverá ser, idealmente, progressivo, iniciando-se por atividades de menor risco e avançando para atividades de risco progressivamente maior", defende, na mesma nota, Pedro Simões Coelho, presidente do Conselho Científico da NOVA IMS e coordenador do projeto.

O perito refere ainda que, se estas previsões se verificarem, o ensino pré-escolar ou até o 1.º ciclo poderão regressar ao ensino presencial "durante a segunda semana de março". E adianta: "Os ciclos seguintes poderão ser retomados, progressivamente, com espaçamentos de 15 dias entre si. O mesmo princípio poderá ser aplicado à reabertura progressiva das atividades económicas".

Segundo os dados mais recentes, Portugal mantém a tendência de descida dos indicadores, tendo ontem sido registados 49 mortos e 1.160 novos casos confirmados de Covid-19 - o número mais baixo desde 11 de outubro. No que diz respeito aos internamentos, até esta quinta-feira, estavam hospitalizados 2.613 pacientes em todo o território nacional, menos 154 do que na véspera, sendo que, destes, 536 estão internados em Unidades de Cuidados Intensivos, menos 31 do que na quarta-feira.

Leia Também: AO MINUTO: Espanha segue de portas fechadas. Vírus por cá antes de março

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