A embaixadora da União Europeia na Venezuela, a portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa, deverá sair do país hoje, depois de ter sido declarada 'persona non grata' pelo Governo do Presidente Nicolás Maduro.
Na quarta-feira, Caracas decidiu expulsar a embaixadora em retaliação a uma série de sanções decretadas pela União Europeia contra 19 funcionários do Governo venezuelano.
À diplomata portuguesa foram dadas, inicialmente, 72 horas para deixar a Venezuela, mas "razões puramente logísticas", relacionadas com a "disponibilidade de voos", segundo fontes europeias, atrasaram a saída.
No ano passado, a embaixadora recebeu igualmente ordem de expulsão, que acabou por ser revertida.
Em resposta à ordem de expulsão de Isabel Brilhante Pedrosa, Bruxelas declarou na quinta-feira a chefe da missão da Venezuela junto da União Europeia, Claudia Salerno, 'persona non grata'.
A decisão não implica, porém, a sua expulsão do território comunitário, uma vez que Claudia Salerno também é embaixadora da Venezuela na Bélgica e no Luxemburgo.
A decisão do Governo venezuelano foi condenada por Estados-membro e instituições comunitárias e, no caso de Portugal, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) disse que irá "agravar o isolamento internacional da Venezuela".
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