Associações querem proibir exploração de hidrocarbonetos para 2030
A Confederação Portuguesa de Associações de Defesa do Ambiente (CPADA) e outras associações congéneres defenderam hoje, no parlamento, a proibição para 2030 da exploração de hidrocarbonetos na futura Lei de Bases do Clima.
© Nuno Pinto Fernandes/ Global Imagens
País Defesa do ambiente
O fim da extração de hidrocarbonetos foi proposto por João Branco, da CPADA, na audição da Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território para a discussão da Lei de Bases do Clima.
"Se se permitir, a queima de combustíveis fósseis nunca vai acabar e seria um sinal político importante o fim da exploração de hidrocarbonetos", alertou.
O "não à extração de combustíveis fósseis" foi também sugerido por Catarina Grilho, da Coligação C6, que representa a WWF-Associação Natureza Portugal, o Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens (FAPAS), a Liga para a Proteção da Natureza, a QUERCUS e a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves.
Todas foram da opinião de que se deve acabar com os subsídios aos combustíveis fósseis e, em alternativa, avançar-se com a reforma da 'fiscalidade verde'.
"É essencial a reforma fiscal para dar um sinal de que poluir é caro", disse João Joanaz de Melo, pelo GEOTA.
Em contraponto, propuseram que as receitas dos "poluidores" devam ser usadas para incentivar investimentos de eficiência energética pelas famílias e empresas.
"O Estado pode impor níveis maiores de eficiência para os bens de consumo, como os eletrodomésticos, e seria boa ideia incluir apoios às famílias na aquisição de painéis fotovoltaicos", exemplificou João Branco, da CPADA.
CPADA e GEOTA mostraram-se a favor da antecipação das metas de redução das emissões de gases na futura Lei de Bases do Clima, alargando-as a outros gases de efeito de estufa além do dióxido de carbono.
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