Governo criticado por não criar carreira para operadores de comunicação
A associação e o sindicato dos bombeiros profissionais consideraram hoje que o Governo cometeu "um erro histórico" ao não criar uma carreira própria para os operadores de comunicação da proteção civil, que desempenham funções especificas e "de grande responsabilidade".
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País Comunicação
"A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) foram informados que os operadores de comunicações das salas de gestão de emergências dos comandos distritais e nacional da proteção civil vão ser integrados no regime geral da função pública como assistentes técnicos e não vão beneficiar de uma carreira própria e específica da profissão, como há muito defendemos, e sobre a qual existiam enormes expetativas quanto à sua criação", referem estas duas estruturas, em comunicado.
A ANBP e o SNBP consideram que o Governo está "a cometer um erro histórico" ao não criar uma carreira específica para estes profissionais de proteção civil e ao não integrá-los na recém-criada Força Especial de Proteção Civil, não estando a assumir "um compromisso de valorização de uma carreira tão específica e de grande responsabilidade" como os operadores de comunicações.
"Apesar das garantias de que não haverá quebras salariais, vemos com grande preocupação a inexistência de uma valorização e progressão de carreiras e de hierarquias dentro do regime criado, o que por si só constituirá motivo de grande desmotivação para estes profissionais indispensáveis ao nosso sistema de emergência e proteção civil", sublinham.
A ANBP e o SNBP referem ainda que vão continuar a lutar para que estes elementos sejam enquadrados numa carreira especial ao exemplo das que já existem no INEM, PSP, GNR e bombeiros sapadores, em que lhes é reconhecida a especificidade e importância das funções que desempenham nas centrais de emergência.
O conselho de ministros aprovou hoje um decreto-lei que altera a lei orgânica da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para proceder à integração nos quadros deste organismo dos operadores das salas de gestão de emergência dos comandos distritais e nacional da proteção civil e dos bombeiros que integram a Força Especial de Proteção Civil (FEPC).
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