Resende é o concelho onde a situação da Covid-19 é mais crítica, com mais casos nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes, de acordo com os dados atualizados, esta segunda-feira, pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Ainda assim, nenhum concelho está em risco extremo, o que reflete o alívio no número de novos casos que se tem verificado nos últimos dias.
Segundo a distribuição geográfica, que consta do relatório de situação desta segunda-feira, Resende tem uma incidência cumulativa a 14 dias de 947 casos por 100 mil habitantes. Destaque também para os concelhos de Manteigas (898) e Barrancos (734).
Os números diários de novos contágios, bem como de óbitos e internamentos têm vindo a descer nas últimas semanas, em virtude do desconfinamento, e o efeito desses indicadores constata-se agora também na lista semanal de risco por concelho e que hoje não tem nenhum em risco extremo, ou seja, não há concelhos com mais de 960 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
Já há uma semana, recorde-se, eram apenas três os concelhos em situação mais crítica. E se alargarmos o horizonte, 70% dos concelhos portugueses chegaram a estar em risco extremo durante o passado mês de fevereiro.
Contabilizam-se ainda 15 concelhos com zero casos da Covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias: Alfândega da Fé, Alvito, Corvo, Fornos de Algodres, Lajes das Flores, Mesão Frio, Miranda do Douro, Mora, Nordeste, Povoação, Santa Cruz da Graciosa, Santa Cruz das Flores, Velas, Vila Franca do Campo e Vila Velha de Ródão.
Ao aceder ao relatório de situação desta segunda-feira, dia 8 de março (páginas 3, 4 e 5) pode consultar o estado do seu concelho.
Portugal contabilizou, nas últimas 24 horas, mais 365 casos de Covid-19 e 25 mortes, informou esta segunda-feira a DGS. O país não reportava um número diário tão baixo de novos casos desde o dia 6 de setembro. O número de óbitos está em mínimos de outubro.
Estes dados são conhecidos no dia em que aconteceu mais uma reunião do Infarmed e o Governo prepara o plano de desconfinamento, que será apresentado na próxima quinta-feira, dia 11.
Além disso, o primeiro-ministro considera ter agora "uma base científica mais sólida" para tomar decisões na resposta à pandemia da Covid-19, depois de os peritos em saúde pública terem convergido sobre critérios na reunião no Infarmed.
Numa curta intervenção no final dos trabalhos da reunião, que juntou especialistas em saúde pública e políticos, o chefe do Governo agradeceu às diferentes equipas que "apresentaram de forma diversa e tendencialmente convergente" um conjunto de critérios que "permitem mapear o processo de decisão" do Executivo.
Leia Também: "Portugal tem o R mais baixo da Europa". Vacinação começa a ter impacto