Governo diz que cinco portugueses em Bata estão ilesos e em segurança

O Governo português disse hoje que "estão ilesos e em segurança" os cinco cidadãos portugueses que vivem na cidade equato-guineense de Bata, abalada no domingo por várias explosões que causaram mais de 100 mortos e acima de 600 feridos.

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Lusa
10/03/2021 06:02 ‧ 10/03/2021 por Lusa

País

Guiné Equatorial

"Na cidade de Bata, encontram-se cinco cidadãos nacionais que, como a embaixada de Portugal em Malabo constatou através de contacto estabelecido com todos, se encontram ilesos e em segurança", disse, numa resposta por email à agência Lusa, fonte do gabinete da secretária de Estado das Comunidades, Berta Nunes.

De acordo com a mesma fonte, existem 151 titulares de cartão de cidadão português com morada na Guiné Equatorial.

A cidade portuária de Bata, na parte continental da Guiné Equatorial, foi abalada no domingo por uma série de explosões, que ocorreram num quartel militar, provocando a destruição de edifícios públicos e de mais de uma centena de habitações privadas num raio de quilómetros.

De acordo com o mais recente balanço oficial, pelo menos 105 pessoas morreram e 615 ficaram feridas nas explosões, que deixaram ainda um número indeterminado de pessoas desalojadas.

Nas redes sociais estão a ser partilhadas fotografias de populares com munições pesadas que terão ficado espalhadas pelas imediações e em risco de detonação.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da qual a Guiné Equatorial é Estado-membro desde 2014, manifestou apoio e solidariedade às autoridades do país e Portugal indicou que apoio à Guiné Equatorial "será equacionado em coordenação com a comunidade internacional, nomeadamente no quadro das Nações Unidas e da União Europeia".

Antiga colónia espanhola, governada há 42 anos por Teodoro Obiang, a Guiné Equatorial, um país rico em recursos, mas com largas franjas da população abaixo do limiar da pobreza, integra a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) desde 2014.

A embaixada de Portugal em Malabo foi aberta na sequência da entrada do país no bloco lusófono.

Desde a sua independência de Espanha em 1968, a Guiné Equatorial, um dos principais produtores de petróleo de África, é considerado pelos grupos de direitos humanos como um dos países mais repressivos do mundo, devido a acusações de detenções e torturas de dissidentes e alegações de fraude eleitoral.

O chefe de estado de 78 anos, Teodoro Obiang, governa o país com mão de ferro desde 1979, quando derrubou o seu tio Francisco Macias num golpe de Estado, e é o Presidente com o mandato mais longo do mundo.

Leia Também: Guiné Equatorial: Sobe para 105 balanço provisório de mortes

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