"O Governo teve em conta dados como o impacto que o encerramento das escolas tem no desenvolvimento das crianças e do respetivo processo de aprendizagem no encerramento das escolas", declarou António Costa na conferência de imprensa em que apresentou o plano de desconfinamento do executivo.
Perante os jornalistas, o líder do executivo defendeu que, em termos globais, o seu executivo procurou "analisar de forma equilibrada os diferentes níveis de preocupação que qualquer Governo deve ter em conta para definir um plano de desconfinamento".
A seguir, António Costa admitiu que, na questão da reabertura das aulas presenciais até ao 1º ciclo, "não seguiu a rigorosamente a recomendação" dos professores Raquel Duarte e Óscar Felgueiras, especialistas que propunham que nesta segunda-feira apenas abrissem creches e jardins de infância.
"Mas o Governo alargou essa abertura ao 1º ciclo e, por outro lado, juntou o terceiro ao segundo ciclo, assim como o Superior ao Ensino Secundário. Consideramos que é fundamental que o processo de aprendizagem seja afetado o mínimo possível", justificou.
António Costa referiu depois que o seu Governo "lutou até ao último momento para não encerrar escola nenhuma".
"E sempre dissemos que a reabertura seria uma das primeiras a tomar. Assim o estamos a fazer", declarou.
Este plano de desconfinamento, acentuou o primeiro-ministro, "corresponde à necessidade de controlar a pandemia e de ir reabrindo com segurança a atividade da sociedade, sem correr riscos".
"Este é um plano conservador com uma reabertura a conta gotas", acrescentou.
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