Após os relatos recentes de eventos tromboembólicos, a AstraZeneca reafirma "o perfil de segurança da sua vacina para a Covid-19 com base em evidências científicas robustas", depois de o fármaco ter sido temporariamente por 21 países, incluindo Portugal, devido a casos (raros) de formação de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.
Num comunicado enviado às redações, a AstraZeneca Portugal sustenta que numa "revisão cuidada de todos os dados de segurança disponíveis", referentes a mais de 17 milhões de pessoas vacinadas na União Europeia (UE) e no Reino Unido com a vacina da AstraZeneca, "não foi observado um risco aumentado de formação de coágulos sanguíneos nos indivíduos vacinados".
Aliás, foi esta a conclusão da revisão cientifica realizada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), entidade que supervisiona e controla a segurança dos medicamentos na União Europeia, e que deu ontem 'luz verde' ao fármaco em causa. No mesmo sentido, a Organização Mundial de Saúde (OMS) sublinhou que os "dados disponíveis não sugerem aumento de coágulos sanguíneos".
A farmacêutica AstraZeneca sublinha que apenas os eventos raros tromboembólicos associados a trombocitopenia "necessitam de continuar a ser estudados", uma vez que "não foi possível determinar a relação causal, merecendo assim análises futuras".
Além disso, acrescenta o comunicado, "não houve evidência de problemas associados a lotes específicos da vacina ou a locais de fabrico".
Na sequência das conclusões da EMA sobre o fármaco, vários países que tinham suspendido a administração da vacina, incluindo Portugal, anunciaram que vão retomar a vacinação da população com a vacina da AstraZeneca.
A farmacêutica assegura que "monitoriza continuamente a segurança da sua vacina e de todos os seus medicamentos através de processos robustos de recolha, análise e notificação de eventos adversos", sendo os mesmos "partilhados com autoridades reguladoras em todo o mundo".
"Apoiar a vacinação da população a nível mundial no menor espaço de tempo possível, de modo a combater o flagelo da pandemia por Covid-19, continua a ser o nosso objetivo", finaliza a nota.
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