"Muitos deviam ser prioritários. Dada a escassez de vacinas não podemos"

O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, coordenador da Task Force para a vacinação contra a Covid-19 em Portugal, foi o entrevistado de hoje de Miguel Sousa Tavares.

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© Leonardo Negrão/GlobalImagens

Natacha Nunes Costa
29/03/2021 23:59 ‧ 29/03/2021 por Natacha Nunes Costa

País

Covid-19

O coordenador da Task Force para a vacinação contra a Covid-19 em Portugal assumiu, esta segunda-feira, na TVI24, que vários profissionais de risco que deviam ter prioridade na vacinação não o têm devido à escassez de doses.

Em entrevista a Miguel Sousa Tavares, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo reconheceu que há algumas injustiças no plano de vacinação. “Se olharmos para a sociedade como um todo, muitos deviam ser prioritários. Dada a escassez de vacinas não podemos vacinar todos [na primeira fase]”, admitiu.

Confrontado com as críticas relacionadas com a inclusão dos professores na fase 1 do plano de vacinação, Gouveia e Melo justificou a prioridade com a segurança que é necessária garantir a quem não pode estar em teletrabalho. “Se obrigarmos as pessoas a não trabalharem confinadas, devemos conferir-lhes proteção”, argumentou o militar.

Além disso, explicou Gouveia e Melo, 90% das vacinações administradas agora “foram para proteger vidas” e 10% “para ganhar resiliência no Estado”, como é o caso dos docentes.

Ainda sobre este tema, o vice-almirante revelou que 50% dos bombeiros já foram vacinados, ou seja, aqueles que lidam diretamente com o transporte de doentes infetados com SARS-CoV-2.

Estratégia de vacinação diária necessita de 2.500 enfermeiros

Já questionado sobre a viabilidade do plano do Governo de vacinar 100 mil pessoas por dia, em abril, o responsável pela Task Force portuguesa garantiu que este é um objetivo alcançável, desde que se aloque 2.500 enfermeiros por dia nesta missão.

Para que esta meta seja cumprida, Gouveia e Melo salientou que parte dos enfermeiros serão do Serviço Nacional de Saúde (SNS) enquanto que a outra parte “terá de vir de fora do SNS”.

Apesar disso, antes de terminar a entrevista, o responsável recordou que está prevista, para o segundo trimestre, a chegada de 9 milhões de vacinas, menos 3 milhões do que a quantidade contratualizada com as farmacêuticas e que esta é “uma dificuldade que a Europa está a tentar colmatar”.

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