"Existe uma capacidade instalada na rede de cuidados de saúde do SNS, à qual acresce a dos centros de vacinação covid, a serem implementados em articulação entre administrações regionais de saúde, os agrupamentos de centros de saúde e autarquias, que se perspetiva garantir o essencial do plano de vacinação", adiantou a estrutura liderada pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.
Esta posição da task force surge na sequência da "disponibilidade imediata" manifestada na quarta-feira pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) para os seus docentes clínicos e estudantes dos últimos anos vacinarem a população, evitando a paragem do processo durante a Páscoa.
Na resposta enviada à agência Lusa, a estrutura que coordena o plano de vacinação, que arrancou a 27 de dezembro, salientou ainda que "todo o voluntarismo é positivo, desde que enquadrado nas necessidades verificadas a cada momento".
Sobre a eventualidade de uma suspensão do processo durante o período da Páscoa, a `task force' assegurou que, no próximo fim de semana, "o ritmo de vacinação depende somente do processo de agendamento definido por cada administração regional de saúde e agrupamento de centros de saúde".
Em comunicado divulgado na quarta-feira, o diretor da FMUL adiantou que, no âmbito da pandemia da covid-19, verifica-se que é "necessário acelerar o processo de vacinação da população" contra o vírus SARS-CoV-2, mas, ao mesmo tempo, vai registar-se "uma paragem nesse processo em virtude do período da Páscoa".
Perante isso, Fausto Pinto manifestou ao coordenador da `task force" do plano de vacinação a disponibilidade imediata dos docentes clínicos e dos estudantes dos últimos anos para realizarem, nas instalações da faculdade, a vacinação da população que for considerada prioritária, não interrompendo o processo que está em curso.
"Esta disponibilidade é total, quer durante o período pascal como em qualquer outra altura", assegurou ainda o diretor da FMUL, ao salientar que uma vacinação em massa e rápida "afigura-se como a única saída possível para a situação pandémica" que se vive no país.
Segundo dados da Direção-Geral da Saúde, perto de meio milhão de pessoas têm a vacinação completa contra a covid-19 e mais de 1,1 milhões já receberam a primeira dose da vacina.
A pandemia de covid-19 já provocou em Portugal 16.848 mortes, entre os 821.722 casos confirmados de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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