Lisboa com número de mortos em março superior ao período homólogo
A Área Metropolitana de Lisboa foi a única região do país a registar, entre 1 e 28 de março, um número de mortos superior ao período hómologo nos anos de 2015 a 2019, segundo dados do INE hoje divulgados.
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País Covid-19
"Nas últimas quatro semanas (01 a 28 de março de 2021), apenas a Área Metropolitana de Lisboa (AML) registou um valor acima da média nacional e foi a única região a assinalar um número de óbitos superior ao do período homólogo de referência (média para o mesmo período nos anos de 2015 a 2019)", refere o Instituto Nacional de Estatística (INE) na publicação "Covid-19: uma leitura do contexto demográfico e da expressão territorial da pandemia".
As regiões do Alentejo e Centro foram as que registaram "os menores valores", refere o INE, indicando que em 204 municípios, o número de óbitos entre 01 de março e 28 de março foi igual ou inferior ao valor homólogo de referência, mais 15 municípios do que na semana anterior.
"Pela primeira vez, desde o início da pandemia, o número preliminar de óbitos para o total do país foi inferior ao do período homólogo de referência (média para o mesmo período nos anos de 2015 a 2019) no conjunto de quatro de semanas terminadas a 21 e a 28 de março de 2021", destaca o INE.
De acordo com os dados, desde o início da pandemia em março de 2020, que o número de óbitos, aferidos às últimas quatro semanas, se mantinha superior ao do período de referência.
"No conjunto de quatro semanas terminadas a 07 de fevereiro, o número de óbitos foi 1,7 vezes superior ao período de referência, correspondendo ao valor mais elevado da série semanal iniciada em março de 2020, verificando-se desde essa data uma redução progressiva deste indicador", sublinha.
Relativamente aos novos casos de covid-19, o INE assinala que no dia 07 de abril, se registaram 3.319 novos casos nos últimos sete dias, correspondendo a uma média diária de 474 novos casos.
"A partir de 16 de março verifica-se pontualmente um aumento do número de novos casos nos últimos sete dias, registando os dois dias mais recentes (06 e 07 de abril), taxas de variação positivas", adianta, salientando que, desde o início deste ano, o valor mais baixo neste indicador foi registado no dia 27 de março, com 2.877 novos casos nos últimos sete dias, aos quais correspondem uma média diária de 411 novos casos.
Segundo o INE, entre 28 de dezembro e 27 de janeiro 2021, o país registou "um aumento exponencial do número de novos casos (últimos sete dias), com taxas de variação sucessivamente positivas, registando o dia 27 de janeiro o maior número de novos casos confirmados nos últimos sete dias desde o início da pandemia COVID-19 em Portugal (90 234 correspondentes a uma média diária de 12 891 novos casos)".
A nível dos municípios, o INE refere que a 23 de março se verificou "uma ligeira tendência de diminuição da concentração territorial do número de novos casos, face à evolução verificada nas semanas anteriores", sendo que ao longo do mês de março também houve uma redução da taxa de incidência cumulativa a 14 dias.
A 30 de março de 2021 (data da última atualização de dados ao nível do município), 282 dos 308 municípios registaram valores inferiores ao limiar de 120 novos casos por 100 mil habitantes e 220 registavam menos de 60 novos casos por 100 mil habitantes. Contudo, observo o INE, 101 municípios registaram uma taxa de variação positiva da incidência cumulativa a 14 dias, mais 25 municípios do que na semana anterior.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.874.984 mortos no mundo, resultantes de mais de 132,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.890 pessoas dos 825.031 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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