Demitiu-se general Manuel Couto, responsável pelo SIRESP
O general, que alegou "razões pessoais" para sair, demite-se depois de ter sido noticiado que a Altice Portugal não recebeu "qualquer tipo de contacto por parte do SIRESP" sobre a continuidade do contrato, que termina a 30 de junho.
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País SIRESP
O general Manuel Couto, responsável pelo SIRESP, renunciou ao cargo cerca de um ano após ter sido nomeado, avança, esta quinta-feira, o Diário de Notícias (DN).
De acordo com o jornal, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, já está na posse da demissão do general, que invocou "razões pessoais" para sair.
O responsável dever-se-á manter em funções até ao final deste mês de abril.
Diz ainda o DN que, aquando da sua entrada, Manuel Couto alertou para a polémica que veio a público ontem, nomeadamente o fim do contrato do SIRESP. E, em março deste ano, o tema foi reforçado num memorando enviado pelo general.
Recorde-se que o presidente da Altice Portugal disse, na quarta-feira, que a empresa não teve "qualquer tipo de contacto por parte do SIRESP" sobre a continuidade do contrato, pelo lhe parece que a rede de emergência "vai acabar no dia 30 de junho".
"O que eu posso dizer é que estamos a dois meses e meio do fim do contrato", afirmou Alexandre Fonseca, numa conversa com a Lusa e o Diário de Notícias, quando questionado sobre o tema do SIRESP, do qual a dona da Meo é fornecedora de serviços.
"Não temos qualquer tipo de contacto por parte do SIRESP" e, "neste momento, com esta curta já distância, dois meses e meio, com um contrato desta complexidade, com os meios técnicos e humanos que envolve, eu diria que já estamos em cima da hora", salientou o gestor.
A Altice Portugal é a fornecedora da operação, manutenção, gestão e também do alojamento de muitos 'sites' do SIRESP.
No início de novembro, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, admitiu o prolongamento do contrato de concessão da rede de emergência SIRESP com os operadores provados depois de junho deste ano.
Na altura, durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, Eduardo Cabrita explicou aos deputados que o prazo contratual com os operadores privados termina em junho de 2021 e, naquele momento, um grupo de trabalho criado pelos ministérios da Administração Interna e das Finanças estava a discutir o futuro modelo do Sistema Integrada das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).
O Estado comprou por sete milhões de euros a parte dos operadores privados, Altice e Motorola, no SIRESP, ficando com 100%, numa transferência que aconteceu em dezembro de 2019.
Desde essa altura que o Estado tem um contrato com a Altice e Motorola para fornecer o serviço até junho de 2021.
Depois dos incêndios de 2017, quando foram públicas as falhas no sistema, foram feitas várias alterações ao SIRESP, passando a rede a estar dotada com mais 451 antenas satélite e 18 unidades de redundância elétrica.
O Notícias ao Minuto está a tentar confirmar junto da tutela a saída o general Manuel Couto.
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