Os manifestantes concentraram-se ao início da tarde junto do Conselho Superior de Magistratura, onde o juiz Rui Fonseca e Castro ia ser ouvido pelo instrutor do seu processo disciplinar. O juiz está suspenso preventivamente por incentivar publicamente ao incumprimento das regras para controlar a evolução da pandemia de covid-19.
Rui Fonseca e Castro foi recebido à chegada com palmas e abraços e com a frase repetida durante vários minutos "Viva o Rui".
Os manifestantes mantiveram-se no local até cerca das 17h00, quando o juiz saiu do Tribunal. Durante a manifestação de apoio foram detidas pela PSP várias pessoas.
O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP remeteu mais informações para um comunicado a ser divulgado.
Os manifestantes mantiveram-se nos arredores do Tribunal e voltaram a juntar-se quando o juiz saiu e quando estava no local um grande aparato policial, com mais de uma dúzia de viaturas da PSP, metade delas carrinhas da unidade especial de polícia.
A ação da polícia, que deixou o local cerca das 17h20, impediu que o jornalista da Lusa presente no local fosse agredido pelos manifestantes.
Todos os manifestantes, que trocaram cumprimentos, abraços e beijos, estavam sem máscara. A Lusa apenas viu uma mulher, enrolada numa bandeira de Portugal, com uma máscara, mas nos olhos.
A manifestação de apoio ao juiz foi convocada pela associação Habeas Corpus, fundada pelo próprio Rui Fonseca e Castro.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.987.891 mortos no mundo, resultantes de mais de 139 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.937 pessoas dos 829.911 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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